‘STF e TSE viraram partido político’, critica senador sobre limites impostos à Jovem Pan

Luiz Carlos Heinze afirmou que, após as eleições, o assunto será discutido no Congresso Nacional; perspectiva de mudanças legislativas a partir de 2023 aumentam com maior bancada de conservadores

  • Por Jovem Pan
  • 27/10/2022 09h32 - Atualizado em 27/10/2022 11h56
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Reprodução/Jovem Pan News/Jornal da Manhã Senador Luiz Carlos Heinze é entrevistado no Jornal da Manhã Senador Luiz Carlos Heinze é entrevistado no Jornal da Manhã

O senador Luis Carlos Heinze (PP- RS) concedeu uma entrevista para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta quinta-feira, 27, para falar sobre o requerimento que visa derrubar as restrições do Tribunal Superior Eleitoral ao jornalismo do grupo Jovem Pan. Ele afirmou que as supremas cortes estão atuando nesse caso com viés definido, o que segundo ele não deveria ocorrer. “Infelizmente, isso é uma realidade hoje. O Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral viraram um partido político, têm lado, e não podem ter lado. A justiça tem que ser cega, mas não é cega aqui no Brasil. Neste instante, não está sendo cega. Tem lado. Os ministros que estão lá foram indicados por Fernando Henrique Cardozo, por Lula, por Dilma e, agora, pelo Bolsonaro, mas a maioria, nove ministros, tem lado. A população brasileira precisa entender isso”, disse o senador.

Questionado sobre a acusação do presidente Jair Bolsonaro (PL) de irregularidades nas inserções em propagandas eleitorais em rádios do Brasil, Heinze defendeu que o mandatário continue insistindo na questão. “Tem que insistir, porque é um absurdo essas 150 mil inserções que não passaram. Já foi comprovado. Emissoras de rádio do Nordeste já se manifestaram a respeito. Tem emissora que sabe o que aconteceu. Esse assunto e o assunto Jovem Pan volta na semana que vem [para discussão no Congresso Nacional]. E outras questões também que não vou falar agora aqui, mas que já estamos sabendo que estão acontecendo neste instante para tentar conduzir a eleição. É preocupante. Nem na ditadura dos governos militares nós tínhamos o que está acontecendo neste instante, capitaneado pelo Alexandre de Moraes”, disparou.

Heinze ainda avaliou as perspectivas de mudança desse quadro a partir de 2023, com mais parlamentares conservadores e de direita eleitos em 2022. “Nós não temos poder contra isso porque somos minoria no Senado. Temos 65 processos contra os ministros do Supremo que foram arquivados pelo Davi Alcolumbre e pelo Rodrigo Pacheco. Não conseguimos prosperar por ser minoria. Então, esperamos, a partir do ano que vem, com maioria na Câmara e no Senado, que esses assuntos possam ser corrigidos. Mas nós já vamos trabalhar esse assunto a partir da semana que vem. Tem muitas coisas que estamos sabendo. Não é apenas a Jovem Pan ou o menino que foi suspenso de sua função no TSE, mas muitas coisas virão a tona a partir da semana que vem. A mensagem ao eleitor brasileiro: vote consciente! A situação de hoje é de que o voto está sendo conduzido para um candidato, mas não deveria ser assim. Lamentamos que isso aconteça e vamos fazer o nosso trabalho”, ponderou o parlamentar.

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