STF forma maioria para rejeitar denúncia de Caixa 2 contra Gleisi Hoffmann
Ministros consideraram que ação contra a presidente do PT traz vácuos investigativos intransponíveis e não é possível provar o crime de lavagem de capitais
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou a maioria para rejeitar a denúncia contra Gleisi Hoffmann (PT) por suposta prática de Caixa 2. A maioria dos ministros da Corte seguiu o voto do relator, Edson Fachin, para arquivar o processo por ausência de justa causa. Para o ministro, a ação contra a deputada traz vácuos investigativos intransponíveis quanto à acusação de que a parlamentar teria adotado método dissimulado para receber valores mediante o crime de lavagem de capitais. A denúncia contra Hoffmann, atual presidente do PT, foi apresentada em 2018 pela Procuradoria Geral da República (PGR) na Operação Lava Jato. A acusação cita o repasse de R$ 5 milhões da então empreiteira Odebrecht para a campanha da petista ao governo no Paraná em 2014, sendo que R$ 3 milhões seriam por meio de Caixa 2.
No entanto, em setembro deste ano, a própria PGR enviou nova manifestação ao STF, afirmando haver falta de indícios que fundamentassem a acusação. A denúncia dizia que, em contrapartida ao valor pago, Gleisi Hoffmann atuaria para beneficiar projetos da Odebrecht. Ao defender o arquivamento da denúncia, o ministro Edson Fachin argumentou que não foram apontados, por exemplo, quais projetos seriam favorecidos. A defesa de Gleisi Hoffmann comentou a decisão do STF e disse que o processo era frágil e sem provas. Para eles, a Corte fez Justiça ao inocentar a deputado. O julgamento aconteceu em plenário virtual, onde os ministros podem depositar seus votos eletronicamente.
*Com informações da repórter Janaína Camilo
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