Subnotificação de casos em favelas preocupa autoridades do Rio de Janeiro
As mortes por coronavírus na Rocinha, maior favela do Rio de Janeiro e considerada a maior da América Latina, podem ser até três vezes maior do que mostram as estatísticas oficiais. Por enquanto, as estatísticas do município e do estado falam em cerca de nove ou 10 óbitos na comunidade, mas a realidade parece ser bem diferente.
Médicos, moradores, associação de moradores e enfermeiros que trabalham e vivem na comunidade, falam em, ao menos, 26 mortes na Rocinha por causa da pandemia de covid-19.
Entretanto, esses números ainda não entraram nas estatísticas oficiais do Rio de Janeiro. Há uma demora para registro dessa informação, que precisa da comprovação por meio de testes, mas a escassez de exames para o coronavírus é imensa, faltando até mesmo para os profissionais de saúde.
Há uma preocupação das autoridades de saúde com a difusão da covid-19 nessas comunidades carentes, onde vivem milhares de pessoas em condições insalubres. O Rio de Janeiro tem mais de 700 favelas, onde vivem mais de dois milhões de pessoas.
Iniciativas têm sido feitas, entre elas está a instalação de painéis com informações sobre o coronavírus para alimentar o sistema oficial de saúde do município e do Estado do Rio de Janeiro e também alertar os moradores para o avanço do vírus.
Esses painéis vão registrar nas comunidades casos suspeitos de coronavírus, pessoas efetivamente tiveram a covid-19 e também óbitos que aconteceram nessas áreas carentes.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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