Supermercados apresentam falta de produtos e prejuízo do setor chega a R$ 1,3 bilhão

  • Por Jovem Pan
  • 30/05/2018 08h13 - Atualizado em 30/05/2018 12h58
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Tânia Rêgo/ABr Tânia Rêgo/ABr Cerca de R$ 400 milhões em produtos perecíveis deixaram de ser vendidos, no estado de São Paulo, desde o início da paralisação dos caminhoneiros

Com a paralisação dos caminhoneiros e o bloqueio das estradas, os supermercados brasileiros já perderam vendas equivalentes a R$ 1 bilhão por causa do desabastecimento de alimentos. Segundo a Associação Paulista de Supermercados (APAS), só no estado de São Paulo cerca de R$ 400 milhões em produtos perecíveis deixaram de ser vendidos desde o início da paralisação dos caminhoneiros.

A falta de produtos nos supermercados está presente em itens como frutas, legumes e verdaduras. Mas para “driblar” a falta de mercadorias, um supermecado de São Paulo trocou de fornecedores. “Você não pode ficar preso a um fornecedor só. Se o A não tem, você vai no B, vai no C. Para sempre servir o cliente da melhor forma possível”, conforme explica, Alexsandro da Silva.

Nesta terça-feira, quase todas as prateleiras estavam cheias de mercadorias que chegaram no dia anterior.

O técnico em manutenção, Pedro Pereira aproveitou que o supermercado estava abastecido para comprar alguns produtos que estavam em falta na região onde mora. “Esse é o único que tem bastante coisa. Nos demais, as gôndolas estão todas vazias”, afirmou.

No entanto, o supermercado já estava com alguns produtos em falta, como ovos, e algumas frutas. Da Silva disse que não sabe se será possível oferecer a feirinha com descontos nesta quarta-feira.

E a entrega à domicílio está suspensa devido à falta de combustível nos postos. O gerente ressaltou que desde que começou a greve dos caminhoneiros, muitas pessoas procuraram o supermercado para fazer uma reserva de alimentos em casa.

Nesta terça-feira, o Procon de São Paulo recomendou aos consumidores que evitem estocar alimentos sob o risco de contribuir para o desabastecimento e aumento dos preços.

Segundo a APAS, o setor deve levar até 10 dias para normalizar os estoques de alimentos.

*Com informações da repórter Natacha Mazzaro

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