Suprema Corte determina que promotor tenha acesso ao imposto de renda de Trump

O promotor investiga se o presidente teria falsificado registros para esconder pagamentos feitos para duas mulheres, que dizem ter se relacionado com ele em 2006

  • Por Jovem Pan
  • 10/07/2020 07h40 - Atualizado em 10/07/2020 08h00
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EFE/EPA/Doug Mills Trump nega as acusações das mulheres, mas em 2018 admitiu que reembolsou o então advogado por pagamentos que ele fez a uma das mulheres

A Suprema Corte norte-americana decidiu na quinta-feira (9) que a promotoria de Manhattan, em Nova York, pode ter acesso aos documentos financeiros do presidente Donald Trump, incluindo declarações do imposto de renda. Quem quer acesso aos documentos é um promotor que investiga se o líder americano teria falsificado registros para esconder pagamentos pelo silêncio de duas mulheres, que dizem ter se relacionado com o presidente em 2006, um ano depois dele ter se casado com a primeira-dama Melania Trump.

Trump nega as acusações das mulheres, mas em 2018 admitiu que reembolsou o então advogado por pagamentos que ele fez a uma das mulheres. Segundo ele,  o valor é fruto de um acordo para que acabassem as falsas acusações e ressaltou que não houve dinheiro de campanha envolvido. A defesa de Trump se recusava a liberar os registros financeiros do presidente alegando que ele teria imunidade pelo cargo que ocupa. A decisão da Suprema Corte derruba o argumento.

Sete nos nove juízes do tribunal votaram pela liberação dos documentos, entre eles o presidente da Suprema Corte e dois juízes indicados pelo próprio Trump. No processo, o presidente da Corte afirmou que “nenhum homem, nem mesmo o presidente es,tá acima do dever de entregar o que lhe é pedido em uma investigação”.

A Suprema Corte, porém, negou o acesso aos documentos ao Congresso. Trump criticou a decisão dos juízes em um série de mensagens no Twitter na quinta-feira e afirmou ser vítima de uma perseguição política.

*Com informações da repórter Mariana Janjácomo

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