Supremo julga nesta quarta a possibilidade de candidaturas avulsas no País
Líderes políticos fazem duras críticas só para a possibilidade de o Supremo decidir nesta quarta-feira (04) que candidatura avulsa, sem partido político, pode ser aceita.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, levou à presidente do Supremo, Cármen Lúcia, estudo técnico que surgirão se a candidatura sem partido for admitida.
A decisão será tomada no plenário do Supremo e não tem repercussão geral, mas abre caminho para as candidaturas sem partido.
Para o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, discutir a candidatura sem partido é legislar: “tem que se fazer uma nova constituinte e fazer uma nova Constituição. As pessoas querem legislar sem serem legisladores, sem estarem legitimadas. É um absurdo isso”.
A senadora Ana Amélia vê dificuldades, inclusive, para a campanha de um candidato avulso: “como é que um candidato só vai operacionalizar uma campanha? Como é que ele vai fazer arrecadação de campanha? Quem vai coordenar sem partido que tem uma estrutura”.
Para o senador Ronaldo Caiado, líder do DEM, uma mudança assim só pode ser feita por emenda constitucional: “o Supremo não pode decidir isso. O Supremo é prisioneiro da Constituição. Alguém para decidir isso tem que ser o Congresso Nacional, que tem que votar e mudar a Constituição. Nós legislamos, o Supremo julga”.
O julgamento sobre a candidatura sem partido está marcado para esta quarta, e o ministro Luis Roberto Barroso negou o pedido de movimentos populares na tentativa de participarem como interessados diretos neste assunto.
*Informações do repórter José Maria Trindade
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