Suspeitos de hackear autoridades são transferidos para presídios do DF

  • Por Jovem Pan
  • 03/08/2019 08h50 - Atualizado em 03/08/2019 12h29
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Reprodução hackers-de-moro.jpg Apenas Walter Delgatti Neto permanece na Superintendência da Polícia Federal em Brasília

Três dos quatro hackers presos pela operação Spoofing foram transferidos para presídios no Distrito Federal. Apenas Walter Delgatti Neto, que assumiu ser o responsável por roubar mensagens de celulares de autoridades como o ministro Sergio Moro, permanece na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

Danilo Marques e Gustavo Souza foram transferidos para o presídio da Papuda. Suelen Priscilla de Oliveira para um presídio feminino conhecido como Colméia. O advogado dela diz que ela corre risco de vida se de fato permanecer encarcerada no local.

Os quatro suspeitos tiveram as prisões temporárias convertidas em preventivas nesta quinta-feira (1). Isso significa que não há prazo para que eles sejam postos em liberdade.

De acordo com o Juiz Valisnei de Oliveira, que foi quem determinou a prisão preventiva, se os investigados ficassem em liberdade, seria impossível fazer um monitoramento real das atividades deles. Os presos faziam transações em moedas virtuais, o que dificulta o rastreamento dos valores movimentados.

Ainda nesta quinta-feira, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, acolheu a um pedido do PDT e determinou que o conteúdo roubado dos celulares seja preservado.

Havia uma expectativa de que os arquivos pudessem ser destruídos.

A decisão aconteceu no mesmo dia em que o jornal Folha de São Paulo publicou uma matéria com supostas conversas do procurador Deltan Dallagnol estimulando colegas a investigarem o presidente da Suprema Corte, ministro Dias Toffoli.

Ministros do Supremo só podem ser investigados pela Procuradoria Geral da República, e após autorização do plenário da corte.

*Com informações do repórter Antonio Maldonado

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