Tarcísio de Freitas critica decisão do TSE que atinge Jovem Pan: ‘Essa voz não vai se calar’
Determinação da justiça eleitoral vem repercutindo entre comunicadores e políticos, que alertam sobre risco à liberdade de expressão
Personalidades se manifestam sobre a determinação do Tribunal Superior Eleitoral a respeito da proibição da Jovem Pan noticiar determinadas questões relacionadas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), que é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), foi um dos que mostrou indignação com a questão. “A gente vê isso com muita preocupação e com muita tristeza. Estão acontecendo coisas nessa eleição que não fazem o menor sentido. Eu lamento muito que veículos de imprensa estejam sendo censurados, que influenciadores de direita estejam sendo censurados. A voz está sendo calado, mas esta voz não vai se calar. Essa voz vai se levantar, vai trazer uma vitória para nós nas urnas. E, no final das contas, eu tenho certeza que nós vamos reestabelecer a ordem e o equilíbrio. Acho que estão apostando todas as fichas nessa reta final, que estão sentindo realmente a água subindo, e não faz sentido censurar. Censura tem que ser repudiada, nós vamos repudiar e nós vamos combater a censura. Nós vamos trabalhar pela liberdade”, declarou.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) também mostrou preocupação e falou em liberdade de expressão. “Bastante preocupada porque só censuram os meios que dão voz à parte da direita ou aqueles que criticaram a esquerda. Eles só querem dar voz àqueles que elogiam eles. Aqueles que contam as narrativas. Então, independente de ser críticos ou não a nós, a gente defende liberdade de expressão. Gazeta do Povo, por exemplo, já nos criticou diversas vezes, mas a gente tem que defender o direito deles de falar. A Jovem Pan tem o posicionamento dela também que, em várias situações, é crítica ao governo, mas tem que ter o direito de criticar a qualquer lado”, opinou.
O jornalista Boris Casoy também saiu em defesa do grupo Jovem Pan. Destacando o passado da emissora, condenou a postura do TSE. “A jovem Pan tem largas tradições de comunicação junto ao público. A Jovem Pan tem sua posição e sua maneira de fazer jornalismo e não pode ser alvo de uma ação do TSE ,uma ação de censura. Eu não quero atribuir maldade, embora eu desconfie. O TSE acaba de favorecer um dos candidatos, o Lula, com as proibições, com a censura imposta à Jovem Pan. Tem que ficar aqui um protesto. Quem ama a liberdade, quem ama a verdade, quem trabalha com a liberdade de comunicação que nós temos no Brasil, tem que ficar o protesto contra essa ação destrambelhada”, disse.
O deputado federal capitão Derrite (PL-SP) também fez críticas à decisão. “É uma gravidade tamanha que não tem precedentes na história do Brasil. Eles já censuraram individualmente algumas pessoas. O poder judiciário vem fazendo isso, infelizmente, algumas decisões restringindo a liberdade de expressão, que é um direito fundamental. Agora, a liberdade de imprensa. Isso é um absurdo com a Jovem Pan e com a Brasil Paralelo. O que mais me incomoda é o silêncio das grandes emissoras de televisão. Será que eles não percebem que amanhã será com eles? Nenhuma ditadura começa da noite para o dia. Aos poucos, eles vão restringindo liberdades, vão invadindo competências, vão amedrontando a população, e, agora, chegou na imprensa. Isso é o maior dos absurdos. Então nós temos que lutar contra isso, temos que nos posicionar, nós que temos imunidade parlamentar, e ainda podemos falar, temos liberdade de opinião sobre quaisquer opiniões, palavras e votos, temos que nos posicionar”,declarou.
*Com informações da repórter Camila Yunes
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.