Após acordo fracassado, Tarcísio de Freitas descarta ‘reestatizar’ Embraer
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, descarta reestatização da Embraer após o fracasso no acordo com a americana Boeing, um reflexo da pandemia do coronavírus e a própria crise na aviação mundial. Em live feita pelo Jota nesta sexta-feira (29), Tarcísio ressaltou que a empresa é muito competitiva, mas que a recuperação será lenta, e passa também pela ajuda às companhias aéreas.
“Não acredito em uma estatização. O estado vai continuar fazendo as vendas. É óbvio que o fato de não ter prosperado o acordo com a Boeing prejudica um pouco, mas eu acho que a chave está no desenho do nosso setor de aviação civil. Agora a gente precisa realmente ter encomendas de aviões importantes do segmento comercial. A chave é investir nas nossas empresas do setor de aviação”, disse.
O ministro reforçou um compromisso do governo com a austeridade fiscal. “Obviamente temos uma estimativa de queda do PIB, mas é um PIB em alguns setores recuperável. Em alguns vai ser mais rápida e em outros mais lenta. Mas estamos sinalizando que vamos seguir a linha que estava planejada da austeridade fiscal, vamos respeitar os pilares fiscais”, afirmou.
“Vamos ter a inflação sob controle, vamos manter juros baixos. Vamos ter um controle do crescimento do Brasil”, acrescentou.
Tarcísio avaliou que o País tem ativos importantes para concessões e privatizações, com regulação adequada em estradas, portos, aeroportos, rodovias, saneamento, fundamentais para ajudar o Brasil a sair da crise com o apoio do setor privado.
* Com informações do repórter Marcelo Mattos
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