Tarcísio defende que Congresso derrube atos do governo: ‘Não pode dar passos para trás’
Governador de São Paulo está em Nova York para cumprir agendas com bancos e fundos de investimento e comentou a derrubada das mudanças no Marco do Saneamento Básico na Câmara em entrevista exclusiva à Jovem Pan News
A viagem do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para Nova York começou nesta quarta-feira, 10. O mandatário tem a missão de cumprir uma série de reuniões e agendas bilaterais nos Estados Unidos com bancos e fundos de investimento até sexta-feira, 12. Em entrevista exclusiva à Jovem Pan News, o governador detalhou os objetivos da visita ao país: “É uma agenda onde a gente vai ter a oportunidade de conversar com os principais fundos de investimento do mundo, com vários bancos e com os clientes desses bancos. O objetivo é trazer investimento para São Paulo. Se a gente conseguir trazer investimentos, no final a gente está trazendo empregos, é o nosso grande objetivo. Temos uma carteira de R$ 180 bilhões em concessões, PPPs e privatizações. Obviamente a gente quer trazer excelentes investidores e bons operadores de infraestrutura para dar conta desse desafio, dessa carteira”. Esta será a terceira missão internacional da atual administração — as anteriores ocorreram em janeiro, no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, e em março, com passagens por Reino Unido, Espanha e França.
Questionado sobre a atual relação entre o Congresso Nacional e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Tarcísio destacou que a derrubada das alterações no Marco Legal do Saneamento, por exemplo, é um sinal de que o governo deve agir com mais atenção ao que o mercado deseja e focar na aprovação de reformas no Legislativo: “O que o Congresso está fazendo é reverberando o mercado. A reação do Congresso antecipa a reação do mercado. Esse tipo de atitude, o retrocesso do saneamento e o retrocesso da privatização da Eletrobras afasta o investidor, diminui o apetite, é ruim para a geração de emprego, é ruim para a nossa imagem internacional. A gente não pode dar passos para trás, a gente tem que andar para frente e andar no sentido de buscar o capital privado, porque o capital privado é rigoroso. A gente tem muito dinheiro sobrando no mundo e aí a gente vai conseguir fazer muito mais coisa, gerar muito mais emprego e gerar muito mais oportunidade. Isso é fundamental que seja entendido”.
“Existe uma atmosfera favorável se o foco for resolver problemas, fazer reformas, aprovar a reforma tributária e promover a atração do capital privado. Haverá um grande apoio e com certeza isso vai permitir que o Brasil caminhe a passos largos. É o que todo mundo quer. A gente quer o Brasil andando pra frente, o Brasil dando certo, o que é bom para todos os Estados e bom para a população”, opinou. Em seu primeiro dia da missão do governo de São Paulo em Nova York, o governador reforçou o compromisso da gestão paulista para atuar em parceria com grupos internacionais privados e ampliar exponencialmente o volume de investimentos em todas as regiões do estado. Para o governador Tarcísio de Freitas, o sucesso da carteira paulista de projetos, projetada em R$ 180 bilhões de investimentos privados em concessões, privatizações e PPPs (Parcerias Público-Privadas), será baseado na cooperação e atuação conjunta entre os setores público e privado.
“Em São Paulo, estamos tendo muito êxito na atração de investimentos. A gente pode celebrar mais de R$ 100 bilhões em novos investimentos privados do início do ano até aqui. Empresas que resolveram se instalar no Estado, empresas que resolveram fazer seus investimentos, ampliar suas plantas, ampliar suas posições. O primeiro leilão que fizemos foi bem sucedido e nós vamos encaminhar mais leilões bem sucedidos esse ano. É isso que a população quer, porque todas essas ações tomadas vão gerando oportunidades e agente precisa criar essas oportunidades para que o Brasil possa avançar, crescer e reduzir desigualdades”, ressaltou o mandatário à Jovem Pan News. Confira a entrevista na íntegra no vídeo abaixo.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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