Tarcísio defende reforma tributária, mas alerta: ‘Pode tirar capacidade de Estados e municípios’

Governador de São Paulo participou de evento com empresários e outras autoridades; prefeito Ricardo Nunes fez ressalvas ao texto da PEC 45

  • Por Jovem Pan
  • 16/05/2023 07h53 - Atualizado em 16/05/2023 13h24
Fernando Nascimento/Governo do Estado de São Paulo Tarcísio de Freitas Tarcísio participou da abertura da Apas Show, em São Paulo, nesta segunda-feira, 15

O texto final da reforma tributária ainda não começou a tramitar no Congresso Nacional, mas é tema de debates em diferentes setores da sociedade. Para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o projeto de lei é necessário, mas precisa ter clareza. “A gente tem que saber exatamente o que está aprovando. Essa é uma questão importante. Não podemos tirar dos Estados a capacidade de gerar incentivos positivos que vão fazer a sua economia e sua arrecadação crescer. Defendendo da forma da distribuição do bolo tributário, você vai tirar essa capacidade de Estados e municípios, e esse é um cuidado que devemos ter”, disse Tarcísio. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), concorda com o governador e faz ressalvas à PEC 45. “A gente precisa ter bastante cautela e cuidado em relação a esse tema. A cidade de São Paulo é a favor, mas faz um alerta em relação ao texto atual da PEC 45, que precisa avançar, mas dentro desse contexto da importância de que a gente faça as ações pensando no bem de todos”, afirmou Nunes.

As falas dos mandatários aconteceram durante a abertura da Apas Show, maior feira supermercadista do mundo. O setor vem destacado a necessidade de uma simplificação tributária, mas ressaltando que o texto debatido poderá acarretar a um aumento dos preços dos alimentos. O presidente da Associação Brasileira de Supermercados, João Galassi, classifica como inviável a alíquota de 25% que tem sido debatida. “Teríamos que ter um aumento nos preços com base nessa reforma. Estamos trabalhando, primeiro, para que tenhamos um imposto único, porém, algumas alíquotas, como a de equilíbrio, as que possam atender os alimentos, por exemplo, a cesta básica, ser zerada. E outras questões que podem, de alguma forma beneficiar todo o setor e, principalmente a sociedade”, diz Galassi.Galassi diz ainda que o setor tem mantido bons diálogos com o Congresso.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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