Tasso Jereissati faz coro com Temer e defende adoção do parlamentarismo a partir de 2022
Em meio à discussão da reforma política, o presidente do PSDB, o senador Tasso Jereissati, defendeu a mudança do sistema de governo para parlamentarista já a partir de 2022.
Segundo ele, a criação da chamada cláusula de barreira, o fim da coligação proporcional para 2018, e a questão do chamado distritão misto seriam um caminho natural.
O senador explicou ainda que não considera necessário, por exemplo, um plebiscito para definir essa questão do parlamentarismo, que vale lembrar, já foi rejeitado pela população em duas ocasiões: em 1963 e 1993.
Ele justificou que a população foi contra numa outra época: “para mim hoje é a solução para esta crise. A saída mais clara para que não continuemos a ter a cada dois anos uma crise. De verdade estamos vivendo um sistema parlamentarista”.
O presidente do PSDB, no entanto, defendeu um plebiscito para definir a questão em torno do financiamento de campanha: se volta o financiamento de empresas com regras mais rígidas ou se cria um fundo com recursos do orçamento.
Com relação à propaganda político partidária do PSDB, que vai admitir essa semana que o partido errou, Tasso Jereissati ressaltou que todos os partidos deveriam fazer o mesmo: “todos os partidos políticos estão no momento certo de fazer o mea culpa. É tapar o sol com a peneira dizer que não existe uma enorme insatisfação da população brasileira com a classe política”.
Jereissati ainda deixou muito claro que avalia que essa discussão em torno da permanência ou não dos tucanos no Governo já é questão superada, que o PSDB apoia as reformas, programas do Planalto, mas é contra, por exemplo, aumento de impostos.
O senador Aécio Neves classificou as divergências coo naturais e explicou que o partido fica no Governo enquanto o presidente Michel Temer, considerar importante o apoio da legenda. Aécio sinalizou ainda que a ideia do PSDB é se fortalecer como uma opção viável no ano que vem.
Por isso, os tucanos querem já em dezembro tentar definir o nome do candidato à Presidência da República. Se for mais de um candidato, as prévias deverão acontecer entre fevereiro e março do ano que vem.
Hoje, pelo menos três candidaturas já começam a se desenhar: do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do governador de Goiás, Marconi Perilo e do prefeito de São Paulo, João Doria.
*Informações da repórter Luciana Verdolin
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