TCU apresenta ‘mapa de risco’ da corrupção em órgãos públicos

  • Por Jovem Pan
  • 22/11/2018 07h24 - Atualizado em 22/11/2018 10h17
Wikimedia Commons Prédio do TCU A partir de informações colhidas em 287 instituições, foi criado um “mapa de risco” que revela vulnerabilidades de cada uma delas

O Tribunal de Contas da União divulgou uma avaliação dos órgãos públicos que estão mais suscetíveis à fraude e corrupção. A partir de informações colhidas em 287 instituições, foi criado um “mapa de risco” que revela vulnerabilidades de cada uma delas.

A auditoria avaliou se os sistemas de controles dos órgãos do Executivo são compatíveis com os poderes econômico e regulatório que eles têm. De acordo com a ONU, esquemas de corrupção causam perdas de R$ 200 bilhões por ano no Brasil. Já a Transparência Internacional indica que 2 em cada 5 executivos pagam propina ao prestar serviços ou negociar com o poder público.

O levantamento do TCU revela que 80% das instituições de maior poder econômico que integram o Orçamento Geral da União ainda estão em “níveis iniciais de estabelecimento de controle contra corrupção”.

De acordo com o Tribunal “a maioria das instituições do Poder Executivo com maiores poderes econômico e de regulação declararam que não adotam sistematicamente gestão de riscos de modo a prevenir casos de fraude e corrupção”.

De todos os órgãos públicos analisados, as estatais são as que possuem os melhores níveis de controle, afirma o TCU. A explicação está na aproximação dessas empresas com mercado privado, que leva à criação de políticas de responsabilidade, controle e transparência.

A Petrobras, por exemplo, tem um dos menores índices de controle de fraude e corrupção. Já o Ministério da Saúde e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação apresentam índice de fragilidade e controles elevados.

O levantamento também constatou a “inexistência de critérios objetivos ou exigências específicas de padrões éticos para ocupantes de cargos comissionados”.

De acordo com o Tribunal de Contas da União, 554 funcionários em funções comissionadas receberam algum tipo de punição entre agosto do ano passado e julho deste ano.

*Informações do repórter Afonso Marangoni

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