Temendo cataclismo econômico, carreatas e outros atos de rua pedem fim do isolamento em massa

  • Por Jovem Pan
  • 30/03/2020 06h19 - Atualizado em 30/03/2020 08h39
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EFE/EPA/PAOLO SALMOIRAGO O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou sobre as carreatas na entrevista coletiva de sábado (28) e fez um alerta para a sociedade

Carreatas contra o isolamento social estão se espalhando por estados de todo o país. Os manifestantes pedem o fim da quarentena pelo novo coronavírus e a reabertura do comércio.

Nos últimos dias, foram registradas carreatas em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Alagoas e Paraíba. Os movimentos ocorrem na esteira das declarações do presidente Jair Bolsonaro.

Ele defende o isolamento vertical, que é quando só as pessoas mais vulneráveis ficam em casa, para evitar um prejuízo ainda maior para a economia. Mas governos e até mesmo cidadãos estão reagindo a esses atos.

Neste domingo (29), a tropa de choque do Pará impediu que uma carreata prosseguisse pelo centro de Belém. Uma manifestante mostrou a situação nas redes sociais.

Em Goiás, uma liminar da Justiça publicada também no domingo proibiu a realização de carreatas ou passeatas até 30 de abril. Já em João Pessoa, na Paraíba, moradores vaiaram os empresários que fizeram uma carreata com buzinaço.

O deputado federal Coronel Tadeu disse que é contra qualquer tipo de aglomeração neste momento. No entanto, segundo ele, a quarentena que foi adotada em alguns estados vai prejudicar a economia.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou sobre as carreatas na entrevista coletiva de sábado (28) e fez um alerta para a sociedade. De acordo com o ministro, não há equipamentos nos hospitais para todos e, se as pessoas forem liberadas para sair de casa, faltará atendimento tanto para os ricos, quantos para os pobres.

*Com informações da repórter Nicole Fusco

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