Temer não faz “prova de vida” e fica dois meses sem receber aposentadoria
O presidente Michel Temer teve a aposentadoria suspensa por não provar que está vivo. Aposentado como procurador do Estado de São Paulo, o emedebista ficou dois meses sem receber o pagamento porque ainda não fez o recadastramento anual obrigatório, a chamada “prova da vida”, que deve ser realizada por todo beneficiário, no mês em que se faz aniversário.
A situação inusitada acontece em meio à jornada do presidente para aprovar a Reforma da Previdência.
Sem falar diretamente sobre a medida, Michel Temer ressaltou à servidores da Caixa Econômica Federal os avanços que as mudanças aprovadas em seu governo tiveram na área da economia.
Para o emedebista, quem se opor às mudanças, se opõe também as melhorias que elas trouxeram: “quem quiser contestar as obras do Governo terá que dizer ‘eu sou contra o teto dos gastos públicos’. Quem quiser contestar o Governo terá de dizer que é contra o Ensino Médio mais moderno e contra a modernização trabalhista”.
Um dos pontos da campanha do governo para a aprovação da reforma da Previdência é que preciso mudar as regras para combater os privilégios.
Michel Temer se aposentou aos 58 anos, em 1999, como procurador.
Segundo o Portal da Transparência do Estado, a aposentadoria mensal bruta do presidente em outubro, último mês de 2017 que ele recebeu o benefício, foi de 45 mil e 50 reais.
Com o abatimento do teto previsto para o cargo, o rendimento final ficou em R$ 22,1 mil. Como presidente da República, o emedebista ainda recebe mais R$ 2,7 mil.
Em nota, o Palácio do Planalto disse que Michel Temer não fez o recadastramento por “falta de tempo”, mas que já tomou as medidas para regularizar.
*Informações da repórter Natacha Mazzaro
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