Temer se reúne com lideranças da base no domingo para última defesa da reforma da Previdência
Em uma última tentativa de garantir os votos necessários à reforma da Previdência, o presidente Michel Temer convocou ministros, presidentes e líderes de partidos para um jantar no domingo em Brasília.
Nesta quarta-feira, o presidente almoçou com deputados da frente parlamentar de serviços e empreendedorismo. Apesar de toda pressão e negociação que se arrasta há meses, o Governo admite que ainda não tem os votos suficientes.
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, diz que ainda não dá para saber quantos votos o Governo tem hoje: é prematuro contar votos. Começamos a conversar com líderes esta semana”.
Padilha ressaltou ainda que a ideia é votar o novo texto sem ficar fazendo novas concessões aos partidos aliados: “a posição do Governo foi a que eu disse que foi firmada pelo presidente. Que nós chegamos no limite de concessões e não está se pensando em exceção nenhuma”.
Até o vice-líder do Governo, Carlos Marun, cotado para substituir Antônio Imbassahy na coordenação política do Governo tem um discurso diferente: “não adianta fazermos uma reforma que não traga impacto nenhum, inclusive nas contas públicas. Mas penso que sugestões apresentadas devem ser adaptadas com todo respeito”.
Dentro do Congresso é forte o lobby de servidores públicos. Até o novo diretor da Polícia Federal já pediu que a categoria seja poupada de mudanças na aposentadoria.
O ministro Padilha admitiu que é muito difícil vencer todas as resistências, assim como é praticamente impossível garantir que a base aliada feche questão em torno da proposta.
Perguntado sobre a possibilidade do presidente Temer tentar a reeleição, o ministro não disse nem que sim nem não. Segundo ele, o compromisso do presidente é colocar o Brasil nos trilhos, e garantir uma candidatura que dê seguimento às ações implementadas pela atual administração federal.
*Informações da repórter Luciana Verdolin
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