“Temos votação folgada para poder encerrar a denúncia no dia 02”, avalia vice-líder do Governo

  • Por Jovem Pan
  • 20/07/2017 08h21
Brasília - 1º secretário da Câmara, deputado Beto Mansur comenta decisão do presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), de anular votação do impeachment na Câmara (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/Agência Brasil “Fiz as contas há uma semana e tínhamos 262 votos a favor do encerramento da denúncia, 80 indecisos e 170 a favor da denúncia", disse Beto Mansur

A menos de 15 dias do retorno dos trabalhos do Congresso, o Governo permanece em articulações para conseguir os votos necessários e, assim, barrar a denúncia contra Michel Temer, que vai ao plenário no dia 02 de agosto.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o vice-líder do Governo na Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), defendeu que a denúncia seja encerrada já no dia 02 de agosto, quando o plenário deve votar o relatório vindo da Comissão de Constituição e Justiça.

“Fiz as contas há uma semana e tínhamos 262 votos a favor do encerramento da denúncia, 80 indecisos e 170 a favor da denúncia (…) Em linhas gerais, temos uma votação folgada para poder encerrar de denúncia no dia 02 de agosto”, acredita o aliado de Temer.

A expectativa é de que ministros de Temer, que são deputados federais, peçam exoneração de seus cargos para poder votar no plenário da Câmara. Questionado, Beto Mansur disse que a movimentação para garantir votos é normal: “lógico que tem muitos ministros que são deputados federais e muitas vezes optam em vir votar. Isso é uma coisa que não é difícil de acontecer”.

Beto Mansur, pertencente a base aliada do Governo Temer, aproveitou para sair em defesa do presidente e, consequentemente, sua permanência no poder. “Não vejo solução hoje para que se tenha encerramento de mandato em período curto para, eventualmente, votar em outro presidente. Defendo que o presidente continue. Não quer dizer que a denúncia vai morrer no dia 02. Ela vai poder ter continuidade depois que Michel Temer deixar seu mandato em 2018. Quando ele se tornar um cidadão comum e perder seu foro privilegiado, esse processo pode ter continuidade”, explicou.

Para o deputado, a denúncia feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é fraca e gera instabilidade no País.

Sobre a tentativa do presidente de atrair deputados descontentes no PSB para o PMDB, Mansur disse que há muita “fofoca” e desmentiu que Temer tenha se reunido com deputados para atraí-los a seu partido. “Ele sabe que os deputados estão negociando com o DEM. A ideia de que o presidente Temer foi lá pedir não é verdade. Ele é presidente da República e não do PMDB”, finalizou.

Confira a entrevista completa:

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