Tempo para conseguir um novo emprego aumenta no País, segundo pesquisa

  • Por Jovem Pan
  • 21/02/2018 07h46 - Atualizado em 21/02/2018 09h33
Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas Em 2016, a média para recolocação no mercado de trabalho era de 12 meses. Agora, de acordo com o estudo, esse prazo subiu para um ano e dois meses

Uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas mostrou que o brasileiro está demorando mais tempo para conseguir um novo emprego.

Em 2016, a média para recolocação no mercado de trabalho era de 12 meses. Agora, de acordo com o estudo, esse prazo subiu para um ano e dois meses.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, explicou os motivos desse aumento.

De acordo com o estudo, são três as principais características dos desempregados no Brasil. Mulheres com idade média de 34 anos; Pessoas que completaram o ensino médio, mas não fizeram um curso superior e trabalhadores que pertencem às classes C, D e E.

Esse é o caso do pernambucano Joel Paulino, que há 30 anos está em São Paulo. Ele estudou até a terceira série e durante duas décadas trabalhou como padeiro na capital paulista.

Depois que foi demitido do último emprego, procurou uma nova oportunidade durante um ano e seis meses. Sem encontrar nada, Joel Paulino optou pelo trabalho informal. Aos 59 anos, Joel Paulino vende flores em frente a um centro hospitalar, próximo à Avenida Paulista.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, já era esperado que o mercado de trabalho demorasse para responder a melhora da economia. Segundo ela, esse cenário só vai mudar quando o setor de serviços avançar.

Marcela Kawauti destacou ainda que 61% dos entrevistados aceitaria trabalhar por um salário inferior do que ganhava no último emprego.

A pesquisa do SPC Brasil e da CNDL conversou com 600 desempregados em 27 capitais do país.

*Informações do repórter Vinicius Custódio

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