Tensão entre Washington e Teerã eleva possibilidade de conflito armado na região

  • Por Jovem Pan
  • 10/07/2019 10h18 - Atualizado em 10/07/2019 10h39
EFE A Casa Branca acusou o governo iraniano de lançar ações contra petroleiros na região como resposta ao embargo imposto pelo governo Trump

O governo do Irã voltou a cobrar da Europa uma postura mais contundente para salvar o acordo nuclear com o país. A tensão entre o país persa e os Estados Unidos nas últimas semanas elevou as possibilidades de um conflito armado na região.

As sanções de Donald Trump atingiram em cheio Teerã e o governo local espera que os europeus compensem financeiramente o desgaste. Caso contrário, os iranianos prometem retomar seu programa de enriquecimento de urânio, algo que em última instância pode levar a fabricação de uma bomba atômica.

De fato, os iranianos já tem testado os limites do acordo fechado em 2015 nos últimos dias em movimentos calculados para pressionar a Europa. O bloco tenta estabelecer caminhos burocráticos para que o continente siga fazendo negócios com os iranianos apesar do bloqueio americano.

O problema é que as empresas daqui estão relutantes em operar com o Irã temendo possíveis retaliações dos Estados Unidos. E assim o regime de Teerã segue acuado precisando demonstrar força dentro e fora de casa – o que deixa a situação bastante delicada. O governo americano, por sua vez, planeja lançar uma coalizão militar para patrulhar as águas do Golfo Pérsico.

A ideia é deter novos ataques à embarcações internacionais. A Casa Branca acusa o governo iraniano de lançar ações contra petroleiros na região como resposta ao embargo imposto pelo governo Trump. Está claro que no meio desta confusão toda dificilmente a Europa conseguirá equilibrar os interesses dos Estados Unidos e do Irã.

E o desfecho da queda de braço entre Washington e Teerã segue imprevisível.

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