Tensão toma conta das relações entre Canadá e China após condenação de canadense à morte
Após canadense ser condenado à morte em primeira instância na China, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, chamou a sentença de “arbitrária” e mostrou preocupação com a postura de Pequim.
Acusado de tráfico de drogas, Robert Schellenberg foi julgado nesta segunda-feira (14) pelo Tribunal Popular Intermediário de Dalian, na província de Liaoning, no Nordeste chinês. Ele já havia sido condenado a 15 anos de prisão em 2014, mas a pena foi considerada branda demais.
Para Trudeau, a sentença provoca preocupação por ser arbitrária. O premiê também alegou que continuará lutando pelos interesses dos compatriotas.
O caso do canadense foi divulgado pela China em dezembro, logo depois que o Canadá prendeu, a pedido dos Estados Unidos, a empresária Meng Wanzhou, diretora financeira e filha do fundador da companhia de tecnologia Huawei. Livre depois de pagar fiança, a chinesa não pode sair do Canadá, que estuda extraditá-la para o território norte-americano.
Outro caso que tem deteriorado ainda mais as relações entre Pequim e Ottawa é a prisão do ex-diplomata canadense Michael Kovring. Também nesta segunda-feira, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hua Chunying, rebateu críticas de Trudeau, de que o país asiático não está respeitando os princípios de imunidade diplomática.
Segundo ela, o primeiro-ministro canadense deveria “estudar seriamente” a Convenção de Viena para não se tornar motivo de piada. Apesar da condenação à morte, o canadense Robert Schellenberg alega inocência e deve recorrer da sentença.
*Informações do repórter Matheus Meirelles
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