‘Ter mais votos não significa poder governar’, diz especialista sobre eleição na Espanha
“O clima é de muita imprevisibilidade”, disse o presidente do IDEIA Big Data
Os espanhóis vão às urnas neste domingo (28) pela terceira vez em menos de quatro anos para as eleições gerais. Em jogo estão assuntos como imigração, nacionalismo, autonomia da Catalunha, e a disputa entre direita e esquerda e seus extremos.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o presidente do IDEIA Big Data e professor da George Washington University, Maurício Moura, destacou que o clima no país é de ansiedade, já que nunca houve cinco partidos em condições competitivas. São eles: Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Partido Popular, Vox, Podemos e Cidadãos.
“É uma eleição imprevisível, porque são cinco forças políticas. Segundo pesquisas recentes, 40% dos espanhóis estão indecisos, então não necessariamente ter mais votos significa poder governar”, ressaltou. “O clima é de muita imprevisibilidade”.
Caso nenhum dos blocos condiga uma formação suficiente, essa governabilidade fica afetada, conforme explicou Moura. Neste caso, uma nova eleição teria de ser feita, mas o prazo cairia no Verão, o que obrigaria os espanhóis a voltarem às urnas em setembro ou outubro deste ano.
Hoje, o partido do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, o PSOE, é o que conta com a maior preferência da população, entretanto, não atinge uma maioria parlamentar. “O Partido Socialista terá mais votos, mas corre o risco de não poder governar. A imprensa local trata como uma eleição imprevisível. Já a imprensa europeia dá destaque ao crescimento da extrema-direita”, explicou Maurício Moura.
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