Tereza Cristina: Brasil ‘não foi passado para trás’ em disputa por vaga na OCDE
O Governo minimizou a decisão dos Estados Unidos em apoiar o ingresso da Argentina, ao invés do Brasil, para a OCDE – a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Em março, na Casa Branca, o presidente norte-americano Donald Trump garantiu, ao lado de Jair Bolsonaro, apoio ao Brasil, para o grupo dos 36 países. A decisão foi reiterada em julho pelo secretário de Comércio Norte-Americano, Wilbur Ross, em visita a São Paulo.
Agora, o secretário de Estado Mike Pompeo rejeitou pedido para discussão de ampliações ao clube dos países ricos, mas com aval a inclusão da Argentina e Romênia.
Apesar disso, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, descarta que o Brasil foi passado para trás. “Quando nós estivemos em janeiro nos Estados Unidos nós já sabíamos disso: a Argentina já estava com a documentação mais pronta que a do Brasil. Isso foi colocado para nós claramente. Isso não tem nada a ver com o Brasil ‘ser passado para trás’. É uma fila e isso já estava acordado desde lá trás”
O professor do Insper, Marcos Jank, também descarta desprestígio ao país. “Na verdade existe uma fila para entrar na OCDE e ficamos no fim, já que muitos países tentam há anos e o Brasil nunca quis. Ele tem que passar por um processo de mais de 200 acordos que precisam ser assinados, é um imenso processo de protocolos.”
Em nota oficial, diante da repercussão, a Embaixada dos Estados Unidos garantiu apoio ao Brasil na OCDE e elogiou os esforços contínuos do país em relação às reformas econômicas, melhores práticas e conformidade com as normas da Organização.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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