Termina janela partidária para trocas antes das eleições municipais de 2020

  • Por Jovem Pan
  • 06/04/2020 07h10 - Atualizado em 06/04/2020 08h58
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Marcelo Camargo/Arquivo Agência Brasil Rosa Weber Desde que a covid-19 chegou ao pais, diversos projetos pedindo adiamento do pleito foram protocolados no Congresso

Os nomes que cada partido poderão lançar como candidato nas eleições de outubro já estão praticamente definidos. Isso porque o período da janela partidária, em que governadores que vão concorrer à reeleição ou cargo de prefeito podiam trocar de legenda sem perder mandato, terminou na sexta-feira (3).

Foram 30 dias de muitas trocas, com destaque da ida da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy para o Solidariedade. Ela, que ainda não foi oficializada no pleito, defende a formação de uma frente contra candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro.

A intenção é reunir liberais de centro a progressistas de esquerda. Bolsonaro, inclusive, terá que encontrar aliados em outros partidos para apoiar nas próximas eleições.

No ultimo sábado, encerraram-se os prazos para que os interessados se filiarem aos partidos quanto o de registro de novas legendas que pretendem ter representantes no pleito. Isso quer dizer que o Aliança pelo Brasil, novo partido do presidente, não poderá mesmo ter candidatos.

Isso não quer dizer que Bolsonaro não se envolverá na eleições. A ideia dele é apoiar aliados que se comprometam em migrar para o Aliança assim que possível.

Apenas duas questões podem mudar o cenário: o TSE negou na ultima sexta um pedido do PP para estender a janela partidária por conta da pandemia do novo coronavírus. O partido disse que vai recorrer da decisão. Uma mudança de entendimento pode abrir brecha para novidades.

Há também a possibilidade, mesmo que remota, de deputados estaduais e federais, senadores, governadores e até mesmo presidente da República renunciarem ao cargo para entrarem na disputa por uma Prefeitura.

Tudo isso depende como o novo coronavírus atingirá a sociedade brasileira e, consequentemente, a própria eleição. Desde que a covid-19 chegou ao pais, diversos projetos pedindo adiamento do pleito foram protocolados no Congresso.

Os autores dessas propostas consideram a medida um ato humanitário tendo em vista que os recursos eleitorais poderiam ser redirecionados ao combate à pandemia.

Além disso, uma eventual unificação dos pleitos federais, estaduais e municipais diminuiria o custo do processo eleitoral em cerca de R$ 1,5 bilhão. Na avaliação da presidente do TSE, ministra Rosa Weber, nesse momento ainda é prematuro tratar o assunto.

Segundo ela, ainda há plenas condições de cumprimento do calendário eleitoral. A avaliação é compartilhada pelo vice-presidente do TSE, que estará na presidência da corte durante o próximo pleito.

Inclusive, já está aberto para que entidades publicas e privadas tenham acesso aos sistemas que estão sendo elaborados. O objetivo da medida é fortalecer a fiscalização, auditoria e transparência do processo eleitoral.

*Com informações do repórter Antônio Maldonado

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