Teste coloca Coreia do Norte, definitivamente, como potência nuclear mundial, diz especialista

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2017 09h57
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Agência EFE "Coreia do Norte poderia manter seu poder por um mês, cinco semanas, porque estaria isolada", diz Godoy sobre um eventual confronto militar

A Coreia do Norte testou neste domingo (03) uma bomba de hidrogênio que teve uma potência estimada de cerca de 100 quilotons, cinco vezes mais que o teste anterior feito há um ano por Pyongyang. A força do teste também multiplicou por cinco a da bomba atômica lançada pelos Estados Unidos em Nagasaki, na II Guerra Mundial.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o jornalista especialista em armamentos e defesa, Roberto Godoy, afirmou que o novo teste colocou a Coreia do Norte, “em definitivo, como uma das potências nucleares do mundo, independentemente de quem esteja no governo”.

Sobre um eventual confronto militar envolvendo países como Estados Unidos e Japão contra a Coreia do Norte, Godoy reafirmou que o poder convencional da Coreia do Norte é muito grande, mas que o país tem suprimentos para durar pouco tempo: “Coreia do Norte poderia manter seu poder por um mês, cinco semanas, porque estaria isolada. E aí, a tentação para apertar o botão nuclear seria muito grande. Pensar nisso, seria pensar o impensável”.

Após o teste, o Exército da Coreia do Sul afirmou nesta segunda-feira que a Coreia do Norte realizou preparativos para lançar outro míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) a qualquer momento.

“Os serviços de inteligência sul-coreanos detectaram contínuos indícios de que o país vizinho poderia efetuar, a qualquer momento, um novo teste com um ICBM”, disse Chang Kyung-soo, funcionário de alto escalão do Ministério de Defesa sul-coreano, em pronunciamento parlamentar publicado pela agência “Yonhap”.

Confira a entrevista completa:

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