Teste rápido para o vírus HIV chega às farmácias de SP e ES na próxima semana
Teste rápido de HIV aumenta disponibilidade do exame para as pessoas, mas especialistas alertam para os riscos da interpretação do resultado.
O produto começou a ser comercializado no Rio de Janeiro na segunda-feira e chega à farmácias de São Paulo e Espírito Santo na semana que vem.
O Action, como foi batizado, detecta a presença de anticorpos contra o vírus HIV por meio da coleta de sangue. Ele traz um líquido reagente, uma lanceta para furar o dedo, um sachê de álcool e um tubo para a coleta do sangue.
Os pesquisadores afirmam que o resultado fica pronto em até 20 minutos.
O infectologista do Hospital Emílio Ribas, Jean Gorinchteyn, afirmou que o produto vai aumentar a disponibilidade do exame e garantir o anonimato de quem busca fazer o teste.
No entanto, ele faz um alerta sobre a interpretação do resultado: “a interpretação do teste, que deve ser muito bem discutida, inclusive na hora de fornecer esse produto ao cliente, porque temos dois aspectos: o falso-positivo e o falso-negativo”.
Alguns fatores podem levar à ocorrência de resultados falso-positivos, como a vacina contra a gripe, doenças autoimunes e infecções virais agudas.
O Action foi fabricado pelo laboratório OrangeLife, que tem sede na cidade de Vargem Pequena, no Rio de Janeiro.
A fábrica da empresa tem capacidade para produzir 100 mil testes por mês.
A Anvisa aprovou o produto em maio, mas deixou algumas recomendações.
A primeira é que o teste só pode indicar a presença de HIV 30 dias após o contato com o vírus seja por meio de uma relação sexual ou compartilhamento de agulha.
Se o resultado for positivo, a agência recomendou que a pessoa busque confirmar o diagnóstico.
Se for negativo, a Anvisa solicita que o teste deverá ser repetido de 30 em 30 dias até completar 4 meses da primeira exposição.
*Informações do repórter Victor LaRegina
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