Teste de vacina da Oxford contra a Covid-19 terá dois mil voluntários brasileiros
Dois mil brasileiros participarão dos testes para vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. O Brasil será o primeiro país fora do Reino Unido a começar a testar a eficácia dessa imunização contra a doença.
Os voluntários serão pessoas na linha de frente do combate ao coronavírus, com uma chance maior de exposição ao novo coronavírus. Eles também não podem ter sido infectados em outra ocasião.
A vacina da Oxford já está na fase 3 de testagem, sendo aplicada em 10 mil voluntários no Reino Unido. O procedimento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o apoio do Ministério da Saúde.
Em São Paulo, os testes serão feitos em mil voluntários e conduzidos pelo Centro de Referência para Imunológicos Especiais (Crie) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A Fundação Lemann está financiando a estrutura médica e os equipamentos da operação.
Essa vacina de Oxford é considerada mais promissora pela comunidade científica mundial. Isso porque o antiviral já tinha sido estudado para a Síndrome Respiratória Aguda Grade (Sars) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), também causadas pelo coronavírus. Assim, o processo e segurança da vacina tiveram etapas aceleradas.
Segundo os últimos dados divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que foram disponibilizados no final de maio de 2020, atualmente dez antivirais já estão em fase acelerada de testes, enquanto outros 114 estão em estudo, mas em estágio inicial de desenvolvimento.
Porém, ainda assim, as estimativas mais otimistas apontam que o antiviral só estará disponível no mercado no início de 2021.
*Com informações do repórter Leonardo Martins
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