Theresa May dá ultimato para que Rússia explique envenenamento de ex-espião

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, deu nesta segunda-feira (12) um ultimato ao governo da Rússia.
Eles têm até o final do dia desta terça-feira (13) para explicar como um agente nervoso, de graduação militar e fabricação russa, foi utilizado numa tentativa de assassinato na Inglaterra que terminou com três pessoas em estado grave.
Theresa May disse que o governo britânico concluiu que o envenenamento de Sergei Skripal e da filha dele na cidade Salisbury foi obra do governo russo.
Moscou nega ter participação na tentativa de assassinato do ex-espião de seu país, que foi condenado por vender informações secretas ao governo britânico e vivia por aqui desde que foi libertado.
O fato é que as opções de retaliação da Grã-Bretanha parecem limitadas neste momento.
Se discute inclusive se Londres poderia acionar a OTAN alegando que foi agredida pela Rússia e pedindo apoio da aliança militar; uma medida drástica que tem sido descartada por especialistas.
Sanções financeiras, boicote de autoridades britânicas à Copa do Mundo ou a expulsão de diplomatas russos do país, incluindo o embaixador, parecem as cartas disponíveis para Theresa May, embora as consequências sejam pouco efetivas.
O Reino Unido fez algo semelhante cerca de 10 anos atrás quando ficou claro que o ex-espião Alexandre Litvinenko tinha sido envenenado aqui em Londres por agentes russos – que aliás foram identificados e não apenas permanecem soltos como um deles, inclusive, virou parlamentar.
É uma situação absolutamente constrangedora para Theresa May. Mas ela deu um ultimato, que termina hoje, para Moscou dar explicações. Se ela fez isso é porque claramente já tem um plano de ação pronto que nós conheceremos em poucas horas.
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