Tragédia no Campo de Marte, em SP, completa uma semana

  • Por Jovem Pan
  • 06/08/2018 07h45 - Atualizado em 06/08/2018 08h27
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Reprodução/ Twitter Mesmo com a atuação de todas as equipes, incluindo o helicóptero Águia da Polícia Militar, a tragédia deixou marcas: dos sete ocupantes, um morreu

Técnicas utilizadas em acidentes de carro auxiliaram os bombeiros durante o resgate dos passageiros do bimotor que caiu no Campo de Marte.

Neste domingo (05) completou uma semana do acidente com a aeronave da empresa Videplast, que partiu de Videira, em Santa Catarina, com destino à São Paulo. Durante a tentativa de pouso, houve uma explosão e os estragos só não foram piores por causa da eficiência e rapidez dos bombeiros do grupamento da Infraero, que fizeram o primeiro atendimento.

Os profissionais foram alertados pelo piloto sobre problemas com o freio de pouso e já aguardavam para o socorro em terra antes mesmo da queda. Foram 20 segundos entre o fogo e o primeiro jato de espuma para resfriar o avião.

“Eles mostram linha pressurizada e combateram o princípio de incêndio que já estava ocorrendo e isso foi determinante para salvar as vítimas”. Este é o capitão Leandro da Hora, do primeiro grupamento do Corpo de Bombeiros, que liderou o resgate das vítimas. Ele e a equipe chegaram após o resfriamento e começaram a retirada dos passageiros, que não foi fácil.

Mesmo com a atuação de todas as equipes, incluindo o helicóptero Águia da Polícia Militar, a tragédia deixou marcas: dos sete ocupantes, um morreu. O piloto Antonio Traversi não resistiu aos ferimentos e o óbito foi constatado minutos depois do corpo ter sido retirado das ferragens.

Cinco passageiros conseguiram sair por conta própria da aeronave, mas além do piloto, que estava inconsciente, o copiloto Bene de Santos Souza ficou preso na cabine de comando.

Os bombeiros levaram quase 30 minutos para conseguir retirar a primeira vítima.

Em entrevista ao repórter Victor Moraes, o Capitão Leandro da Hora explicou que, em situações como essa, muitas técnicas utilizadas no dia a dia são aplicadas, mesmo em um cenário mais complexo: “já fizemos simulados com queda de aeronave mais de uma vez, com trem que descarrilou, metrô. Temos esse tipo de treinamento para cenários mais difíceis e treinamento contínuo para demanda desse serviço”.

Além de Bene Souza, os sócios e irmãos Geraldo e Nereu Denardi, também sobreviveram ao acidente, junto ao filho de Nereu, Enzo, de 17 anos, e os funcionários Aguinaldo Nunes e Agnaldo Crippa. Nereu e Bene ainda estão no hospital.

A Força Aérea Brasileira recuperou a caixa-preta do avião, que grava as conversas dentro da cabine. O equipamento vai ajudar na investigação para entender o caso.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

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