Três anos após tragédia da Chapecoense, viúvas e sobreviventes protestam por indenização
O zagueiro Neto e as viúvas de quatro jogadores que morreram na tragédia da Chapecoense protestaram, nesta segunda-feira (30), em Londres. Eles se manifestaram em frente à corretora de seguros Aon e à seguradora Tokio Marine Kiln pela falta de indenização, quase três anos após a queda da aeronave da LaMia, que matou 71 em 29 de novembro de 2016.
Participaram dos atos as viúvas de Gil, Filipe Machado, Thiego e Bruno Rangel, além do presidente da Abravic (Associação Brasileira das Vítimas do Acidente com a Chapecoense), e três advogados.
O seguro da aeronave que caiu em Medelín, na Colômbia, era de US$ 25 milhões na época do acidente, valor que é contestado pelos advogados. Eles afirmam que até 2015 a apólice era, na verdade, de US$ 300 milhões. Segundo a defesa das famílias, a Aon é responsável pela avaliação de risco de seguros e tinha conhecimento que a aeronave sobrevoava áreas de risco, como a Colômbia.
Para não pagar as indenizações, a empresa alega que a apólice não estava paga. No entanto, de acordo com os advogados, o não pagamento da apólice não tinha sido comunicado, na época, às autoridades locais, o que impediria o voo.
Duas empresas, a japonesa Tokio Marine Kiln e a boliviana Bisa, ofereceram uma indenização de R$ 935 mil para cada família. Em troca, elas teriam que desistir das ações judiciais. 23 famílias aceitaram o acordo e 48 não concordaram com ele.
*Com informações da repórter Nicole Fusco
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