Três policiais de MG são presos por envolvimento em tiroteio em Juiz de Fora no mês passado
A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu três policiais mineiros envolvidos no tiroteio com policiais paulistas que deixou dois mortos em Juiz de Fora no mês de outubro. O trio foi detido na manhã desta segunda-feira (12) na cidade da Zona da Mata mineira.
A corporação divulgou poucos detalhes sobre a ação, alegando que as apurações correm em segredo de justiça. A Polícia Civil se limitou a confirmar as prisões e dizer que os três foram transferidos para a Casa de Custódia de Belo Horizonte.
As investigações estão sendo tocadas pelas autoridades mineiras. O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Paulo Afonso Bicudo, disse que está colaborando com o esclarecimento do caso, fornecendo informações.
O tiroteio entre policiais civis paulistas e mineiros aconteceu em 19 de outubro num estacionamento próximo a um hospital em Juiz de Fora.
Os agentes de São Paulo escoltavam dois empresários paulistas que pretendiam trocar uma grande quantidade de dólares de maneira clandestina com um empresário mineiro. Este empresário, por sua vez, também tinha segurança particular prestada por agentes de Minas Gerais.
O tiroteio aconteceu depois que os paulistas perceberam que a maior parte dos reais trazidos pelos mineiros era falsa. Um dos empresários paulistas e um policial civil mineiro morreram em consequência da troca de tiros; além dos três policiais mineiros detidos nesta segunda-feira, quatro paulistas permanecem presos.
O dono do dinheiro falso, o empresário Antonio Vilella, também continua preso; ele já havia sido detido por estelionato em 201
O Grupo AJC enviou a seguinte nota à reportagem:
Sobre o episódio de Juiz de Fora (MG), o Grupo AJC esclarece que em nenhum momento seus funcionários foram à cidade mineira para trocar dólares ou obter qualquer valor em espécie. Os colaboradores do grupo — e não empresários, como alguns veículos vêm noticiando desde outubro —foram a Minas para negociar um contrato de empréstimo que seria feito de acordo com a lei. Durante as conversas, perceberam que haviam sido vítimas de uma tentativa de golpe do estelionatário Antonio Vilela. Preso em flagrante na ocasião, descobriu-se depois que ele já respondia por vários crimes envolvendo dinheiro falso. As investigações não encontraram dólares, descartando versões iniciais publicadas pela imprensa, simplesmente porque nunca houve moeda estrangeira na negociação. O AJC está colaborando ativamente com as autoridades de Minas e São Paulo nas investigações.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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