TRF-2 revoga prisões da Operação Fiat Lux

  • Por Jovem Pan
  • 26/06/2020 08h18 - Atualizado em 26/06/2020 08h33
Aloísio Maurício/Estadão Conteúdo As irregularidades na estatal tiveram ajuda de doleiros e a movimentação de recursos aconteceu em paraísos fiscais, segundo delatores

O ex-ministro Minas e Energia Silas Rondeau (MDB), o ex-deputado Anibal Gomes e mais dez suspeitos de fraudes na Eletronuclear tiveram prisão preventiva decretada no âmbito da operação Lava Jato, no Rio de Janeiro. Os alvos são pessoas suspeitas de envolvimento em esquemas de corrupção e desvios em contratos da estatal. Dos 12 mandados de prisão, seis chegaram a ser cumpridos ainda na quinta-feira (25).

No entanto, ainda na quinta-feira, o desembargador Ivan Athie, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), concedeu habeas corpus para os investigados, alegando presunção de inocência e infrações constitucionais nas prisões decretadas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, no âmbito da Operação Fiat Lux.

As irregularidades na estatal tiveram ajuda de doleiros e a movimentação de recursos aconteceu em paraísos fiscais, segundo delatores que já tinham sido presos pela Lava Jato em 2017.

Nos últimos anos já foram realizadas cinco operações que envolveram a estatal de energia de Angra 3. Até o ex-presidente da República, Michel Temer, chegou a ser preso no âmbito das investigações. O projeto de Angra 3 foi idealizado na década de 80, mas ainda está inacabado. As obras pararam em 2015 após descobertas da Lava Jato.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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