TRF4 nega pedido de Palocci para ser ouvido em segundo grau

Tribunal Regional Federal da Quarta Região nega pedido do ex-ministro Antonio Palocci para ser ouvido novamente na Operação Lava Jato.
Em petição apresentada no dia 7 de fevereiro, a defesa de Palocci informou que ele gostaria de cooperar na elucidação de fatos criminosos.
Para o relator da Lava Jato no TRF4, juiz federal João Pedro Gebran Neto, o sistema processual brasileiro “não permite a seletividade de declarações dos corréus e o aguardo da solução da causa com a responsabilidade criminal para, posteriormente, buscar a alternativa da confissão ou colaboração para redução de pena”.
Ainda de acordo com Gebran, as informações não podem ser usadas como prova, e se há fatos a serem revelados, devem ser expostos perante a autoridade policial ou o Ministério Público Federal.
Palocci está preso desde setembro de 2016 e tenta fechar acordo de delação premiada.
Em abril do ano passado, o ex-ministro indicou que estava disposto a falar o quanto antes sobre crimes que presenciou: “fico a sua disposição hoje e em outros momentos que todos os nomes e situações que optei por não falar aqui estão à sua disposição. E se o senhor estiver com agenda muito ocupada, a pessoa que o senhor determinar eu apresento fatos, nomes, endereços, operações realizadas e coisas que serão certamente de interesse”.
Em junho do ano passado, o ex-ministro Antonio Palocci foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em processo envolvendo pagamento de propinas da Odebrecht em contratos da Petrobras.
*Informações do repórter Matheus Meirelles
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