Trump mantém polêmica e insiste que não há culpados em protestos extremistas

  • Por Jovem Pan
  • 16/08/2017 08h01 - Atualizado em 16/08/2017 12h03
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EFE O republicano voltou a afirmar que há culpa dos dois lados na violência

O presidente americano Donald Trump reeditou nesta terça-feira (15) os célebres confrontos com a imprensa durante uma entrevista coletiva. O motivo da discussão foi o protesto de extremistas no último sábado, em Charlottesville, na Virginia. O republicano voltou a afirmar que há culpa dos dois lados na violência.

Após o incidente, no último sábado, o presidente foi criticado por denunciar o ódio de vários grupos e não se referir a neonazistas e supremacistas brancos que fizeram manifestações na cidade.

Na segunda-feira, Trump subiu o tom, citou nominalmente os grupos e disse que eles eram repugnantes.

Mas 24 horas depois, o titular da Casa Branca partiu para o ataque contra os jornalistas: “você tinha muitas pessoas ali que não eram neonazistas e nem nacionalistas brancos e a imprensa está tratando elas de forma injusta”. O presidente disse que do outro lado também haviam muitas coisas ruins.

Trump também criticou a intenção de derrubar a estátua de Robert E Lee em Charlottesville, fato que provocou o conflito na cidade.

O general Lee comandou as forças da Virginia durante a Guerra Civil Americana, ele defendia os estados que buscavam a independência para impedir a abolição da escravidão.

A prefeitura de Charlottesville, em um ato que vem se repetindo nesses estados, decidiu derrubar o monumento, gerando a irritação dos grupos extremistas.

Trump criticou esse processo e comparou o legado do General Lee ao primeiro presidente da história dos Estados Unidos: “muitos estavam protestando contra a derrubada da estátua. E você imagina, agora é Robert E Lee, depois será George Washington e na semana seguinte Thomas Jefferson. Você fica pensando quando isso vai parar”.

Trump alegou que George Washington, um dos pais fundadores dos Estados Unidos, também possuía escravos.

Mas o primeiro presidente americano morreu em 1799, mais de 60 anos antes da Guerra Civil e do fim da escravidão.

A fala do republicano em Nova York joga gasolina no incêndio provocado pela manifestação de sábado.

A postura do presidente tem gerado muita pressão interna e membros do governo pressionam agora pela saída do estrategista-chefe da Casa Branca Stephen Bannon, ex-dono de um site ultranacionalista e tido como a voz da extrema direita dentro do governo que tem influenciado cada vez mais Donald Trump.

*Informações do repórter Victor LaRegina

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