Trump tenta incluir pergunta sobre legalidade dos residentes no Censo 2020; Suprema Corte nega
A Suprema Corte dos Estados Unidos proibiu a inclusão de uma pergunta polêmica sobre a cidadania dos moradores do país no Censo de 2020. O presidente Donald Trump queria que a pesquisa perguntasse sobre o status legal dos residentes no país.
Na votação, cinco juízes foram contra a inclusão da pergunta no censo, e quatro foram a favor. Os críticos defendem que a questão é racista e discriminatória, e alegam que imigrantes podem se assustar com a pergunta e deixar de responder ao Censo, que traria dados mais imprecisos.
Apesar da decisão de proibir a questão, juízes da mais alta corte do país pediram ao departamento do comércio, que elabora o censo, mais explicações sobre a possível inclusão da pergunta. A disputa jurídica, portanto, ainda não terminou.
No Twitter, Trump disse que “parece totalmente ridículo” que o país não possa fazer uma pergunta básica sobre cidadania em um Censo “tão caro, importante e detalhado como o de 2020.” Ele escreveu que chegou a perguntar para advogados se poderia atrasar a pesquisa até que a pergunta fosse inserida no questionário.
“Alguém consegue acreditar que não podemos perguntar se as pessoas são ou não cidadãs [legalizadas]?”, questionou o presidente.
…..United States Supreme Court is given additional information from which it can make a final and decisive decision on this very critical matter. Can anyone really believe that as a great Country, we are not able the ask whether or not someone is a Citizen. Only in America!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) June 27, 2019
Censo
Os EUA fazem o censo de 10 em 10 anos para fazer a repartição de fundos eleitorais, traçar os distritos eleitorais para a Câmara de representantes do país, e também definir a representação do colégio eleitoral, que decide as eleições presidenciais.
*Com informações da repórter Mariana Janjácomo
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