Trump vai à Ásia com bagagem cheia de tensões internas e externas

  • Por Jovem Pan
  • 04/11/2017 11h43
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EFE/SHAWN THEW Presidente dos EUA Donald Trump fala com a imprensa antes de embarcar no helicóptero "Marine One", na Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começa neste fim de semana a viagem pela Ásia. Trump vai visitar cinco países: o primeiro será o Japão, depois ele segue para a Coreia do Sul, China, Vietnã e Filipinas.

No dia 14 de novembro, Trump ainda participa da reunião da Cúpula do Leste da Ásia antes de voltar aos Estados Unidos. O principal assunto desta viagem é a Coreia do Norte.

A tensão entre o republicano e o ditador Kim Jong Un vem crescendo nos últimos meses, com direito a insultos dos dois chefes de Estado. A grande expectativa é para o encontro de Trump com o presidente Chinês Xi Jinping, principal aliado dos norte coreanos.

Para Donald Trump, a viagem à Asia tem tudo para ser positiva. “Eu acho que nós teremos um grande sucesso. Nós vamos debater, obviamente, sobre a Coreia do Norte. Vamos ouvir sobre como ajudar muitas pessoas e países. Mas eu acho que teremos muito sucesso”, disse.

No entanto, Donald Trump embarca para Ásia com uma bagagem carregada de problemas internos. Nesta sexta-feira (3), o Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque em Nova York que deixou 8 mortos. Pouco antes de embarcar para Pearl Harbor, no Havaí, a última parada antes de chegar ao Japão, Trump fez duras ameaças aos terroristas. “O que nós estamos fazendo é atacar. Daqui para frente nós vamos bater neles dez vezes mais forte”, prometeu.

Na sexta, as forças armadas americanas lançaram pela primeira vez ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Somália, onde os terroristas têm uma presença cada vez maior depois de perder territórios na Síria e no Iraque.

Mas além da segurança nacional, novas notícias sobre a relação da campanha de Trump com os russos também preocupam o presidente. Nesta semana, George Papadopoulos, assessor da campanha presidencial do republicano, se declarou culpado por mentir sobre suas relações com a Rússia.

Ele descreveu aos investigadores uma série de contatos que teve com cidadãos russos relacionados ao governo de Vladimir Putin. No dia 31 de março de 2016, ele relatou um encontro de vários assessores de política externa com o Donald Trump.

Na reunião, Papadopoulos disse que tinha contatos que poderiam ajudar a organizar um encontro entre o então candidato republicano e Putin. Nesta sexta-feira, Donald Trump disse que não se lembrava deste encontro. “Eu não lembro muito sobre este encontro. Faz muito tempo, não me lembro muito disso”, limitou-se.

Durante a viagem à Àsia, Donald Trump vai ficar mais de 10 dias fora dos Estados Unidos.

Esta será a excursão internacional mais longa realizada por um presidente americano desde 1992. Naquela ocasião, o então presidente George Bush pai e passou mal e vomitou no então primeiro-ministro japonês durante um jantar.

Reportagem de Bruno Escudero

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