Tuíte de Trump faz membros do Conselho de Segurança da ONU iniciarem reação

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 12/04/2018 10h39 - Atualizado em 12/04/2018 10h40
EFE No Reino Unido fala-se inclusive que Theresa May pode decidir nesta quinta lançar uma ofensiva militar na Síria, mesmo sem consultar o parlamento

A escalada de tensões na Síria e a possibilidade da guerra se tornar um conflito global toma conta do noticiário na Europa.

O tuíte de Donald Trump na manhã desta quarta-feira (11) mandando a Rússia se preparar estampa as capas de todos os jornais de Londres nesta quinta (12). E a avaliação é que a diplomacia das redes sociais do presidente americano deixou a situação ainda mais delicada.

Ficou difícil encontrar uma saída para a atual crise sem antagonizar duas das principais potências nucleares do planeta.

Um artigo no The Guardian descreve o momento como uma ilustração clara e assustadora sobre como as guerras começam por erro de cálculo.

A questão é que agora os dois lados vão ter muitas dificuldades para recuar.

Os Estados Unidos e seus aliados ocidentais anunciaram diversas vezes que não tolerariam a utilização de armas químicas, algo que tudo indica estar ocorrendo há anos na Síria.

Já a Rússia tem no conflito, e em seu apoio a Assad, uma posição crucial no que entende como “nova ordem global”, onde Vladimir Putin ambiciona tornar seu país em player majoritário outra vez.

No Reino Unido fala-se inclusive que Theresa May pode decidir nesta quinta lançar uma ofensiva militar na Síria, mesmo sem consultar o parlamento, o que quebraria uma convenção da política local.

Alguns ministros ainda não estão convencidos que de fato ocorreu um ataque químico na Síria, e lembram as mentiras contadas pelo governo americano para iniciar a guerra do Iraque.

Mas dessa vez parece diferente, já que agentes ligados a ONU e a OMS confirmam relatos das atrocidades atribuídas a Assad.

Ontem, o secretário-geral das Nações Unidas indicou a gravidade do momento. Antonio Guterres disse que é preciso evitar que a situação saia do controle.

Cabe aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança – Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China, encontrarem um campo de entendimento.

Algo que certamente não vai acontecer pelo Twitter.

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