Um ano após incêndio, Museu Nacional recebe doação de acervo e é palco de festival

  • Por Jovem Pan
  • 31/08/2019 10h27 - Atualizado em 31/08/2019 10h46
EFE Em 2 de setembro de 2018 um curto-circuito em um ar-condicionado do andar térreo provocou o incêndio

O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, anunciou em primeira mão ao Jornal da Manhã que neste sábado (31) uma pessoa física irá doar para a instituição um acervo original e particular. Sem citar o nome do doador, ele afirmou que a ajuda é “muito importante para a fase de reconstrução do local”.

Um ano após o incêndio que destruiu grande parte do acervo histórico do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, a Quinta da Boa Vista será palco, neste sábado (31) e domingo (1), do festival Museu Nacional Vive, promovido pela instituição em parceria com o SESC. A partir de terça-feira (2) parte do acervo do prédio histórico também estará em exposição na Caixa Cultural, no centro do Rio de Janeiro.

As ações marcam a semana que completa um ano da tragédia que destruiu grandes coleções e a estrutura do prédio de 200 anos, localizado no bairro de São Cristóvão. Em 2 de setembro de 2018 um curto-circuito em um ar-condicionado do andar térreo provocou o incêndio.

Futuro do Museu Nacional

Sobre as perspectivas para os próximos anos, Alexander pede paciência. “Uma das perguntas que todos nos fazem é quanto vai custar e quanto tempo vai demorar, mas ainda estamos fazendo os projetos. A catástrofe foi muito grande, desde a parte hidráulica até as exposições. Até meados de 2020 iremos finalizar e poderemos fazer projeções.”

Entretanto, as obras de reconstrução da fachada devem começar ainda em setembro de 2019 e a reabertura do espaço está programada para 2022. “A expectativa se mantém pelas grandes parcerias feitas com o IPHAN e o Ibram, entre outras medidas como a liberação de R$ 3,3 milhões do BNDES para criação de um fundo patrimonial para garantir a sustentabilidade financeira de longo prazo”, afirma Alexander.

De acordo com ele, a ajuda do banco de fomento foi essencial. “A primeira prioridade era conseguir verba para fazer os projetos para atuar de forma bastante direta em cima dos resgates. Nós conseguimos. Agora nos preparamos para a segunda fase, procurando mais parceiros.”

“Todos têm que ter a compreensão de que vamos precisar de auxilio de instituições nacionais e internacionais para recompor o museu. Temos a associação Amigos do Museu Nacional que capta recursos e esperamos também que as pessoas continuem fazendo suas doações”, finaliza.

 

 

 

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