União Europeia adia decisão sobre fusão entre Boeing e Embraer
A União Europeia estabeleceu um novo prazo para decidir sobre o acordo entre as fabricantes de aviões Boeing e Embraer. A expectativa agora é que a decisão sobre a fusão, que vai movimentar cerca de US$ 4,2 bilhões e 200 milhões, saia até 30 de abril.
A análise do acordo estava suspensa desde o fim de dezembro, quando os reguladores europeus solicitaram mais de um milhão e meio de páginas com informações sobre as campanhas de vendas das empresas ao longo dos últimos 20 anos.
A preocupação da Comissão Europeia é sobre uma possível influência da fusão na redução do número de participantes no mercado global de jatos.
Além disso, os europeus aguardavam que a Embraer concluísse o processo de cisão do negócio de aviação comercial, o que ocorreu logo nos primeiros dias do ano.
É bom lembrar que a negociação entre a duas fabricantes de aeronaves prevê a criação de uma terceira empresa que englobará, justamente, o braço de aviação comercial da Embraer.
Segundo o acordo firmado, a Boeing ficará com 80% dessa joint venture. Por outro lado, também será criada uma companhia com foco em aeronaves de defesa.
Neste caso, o valor da negociação não foi divulgado, mas já está acertado que 51% dessa empresa serão da fabricante brasileira.
E não são só os Europeus que precisam dar aval para que o negócio seja de fato concretizados. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica aqui do Brasil também precisa autorizar a negociação.
De qualquer forma, a demora tanto da Comissão Europeia quanto do Cade para concluir a análise da fusão pode cair como um balde de água fria em todo o processo, que se arrasta desde 30 de agosto do ano passado.
A indecisão dos órgãos de regulação pode ser interpretada negativamente pelo mercado, e, consequentemente, pelos investidores.
*Com informações do repórter Antônio Maldonado
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