Universidades reagem à intenção do CRM-SP de criar prova para recém-formados
![Estetoscópio e caneta em cima de folha de papel](https://jpimg.com.br/uploads/2018/01/médico-medicina-plano-de-saúde-saúde.jpg)
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo quer tornar obrigatória a prova para recém-formados, mas universidades reagem à medida.
O modelo seria parecido com o Exame da Ordem, aplicado pela OAB para definir se os bacharéis em Direito poderão se tornar advogados.
A diferença, no caso dos médicos, é que seriam três testes: no segundo, no quarto e no sexto ano do curso.
Os dois primeiros serviriam apenas para avaliar a qualidade das graduações, enquanto o último definiria se o aluno está habilitado para exercer a profissão.
A discussão já chegou ao Congresso Nacional, em um projeto de lei do senador Pedro Chaves (PSC-MS).
O presidente do Cremesp, Lavínio Camarin, disse que a decisão de aplicar três provas torna a medida ainda mais segura: “você ainda tem tempo de recuperar tanto o aluno quanto a faculdade. Isso é importante, e aí no sexo ano seriam exames semelhantes à OAB”.
O modelo defendido pelo presidente do Cremesp enfrenta a resistência das universidades, que classificam a medida como ilegal.
O diretor jurídico do Sindicato das Mantenedoras do Ensino Superior, José Roberto Covac, disse que os conselhos não podem fazer avaliações: “a Constituição estabelece a divisão de competências. Compete ao MEC avaliar e regular o ensino superior”.
Para Covac, o exame obrigatório não garante a qualidade na formação dos médicos.
Na última edição da prova do Cremesp, o índice de aprovação ficou em 64,6%, superando a casa dos 60% pela primeira vez em dez anos.
*Informações do repórter Vitor Brown
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