Uruguai registra primeiros casos de variante delta e beta da Covid-19

Apesar do registro das novas cepas, ministro da Saúde do país descartou possibilidade de transmissão comunitária e disse que casos são monitorados

  • Por Jovem Pan
  • 18/07/2021 13h51
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EFE/Raúl Martínez/Archivo Pessoas internadas em hospital do Uruguai Variante Delta, surgida na Índia, pode ser predominante no mundo

O ministro de Saúde Pública do Uruguai, Daniel Salinas, anunciou neste sábado, 17, a chegada ao país das variantes delta e beta do novo coronavírus. De acordo com o representante da pasta, o país também registrou pela segunda vez as cepas alfa e lambda, após 86 amostras terem sido analisadas. De todas as análises, foram detectados 65 positivos, dos quais 26 correspondem à variante delta (indiana), 14 à beta (África do Sul), dois à alfa (Reino Unido) e um à lambda (Peru). Os 22 restantes são da mutação P-1, predominante no Brasil atualmente. “A delta tinha quatro rotas de entrada de quatro países diferentes. O beta sul-africano corresponde a barcos de pesca e o alfa é um viajante e um caminhoneiro. Isso foi possível em virtude do rigoroso monitoramento dos viajantes e do sequenciamento genômico dos pacientes”, salientou o ministro, que descartou a circulação comunitária dessas mutações. “Todos os casos são isolados e foram rastreados”, justificou.

Salinas também enfatizou a importância da imunização total, pois a maioria desses casos ocorreu em pessoas que tinham apenas uma dose da vacina contra o coronavírus ou não tinham sido inoculadas. “Sabíamos que estas variantes iriam entrar, estas 86 pessoas entraram em nosso país entre 25 de junho e 15 de julho. O importante é saber que a situação está sob controle e monitorada de perto”, opinou. O ministro também disse que a entrada ocorre em uma situação “totalmente diferente” da variante P-1, originada no Brasil. Isso porque atualmente há um alto nível de imunização e os casos positivos diários a nível nacional estão em um momento de declínio sustentado. O Uruguai esteve durante quatro meses na zona vermelha do índice de Harvard, que acumula a média semanal de novos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes, com mais de 25. Em 6 de julho, a situação do país mudou para a cor laranja, com entre 10 e 25, e espera-se que fique amarelo – 1 a 10 – em um futuro próximo. O país conta atualmente com 378.733 casos positivos, dos quais 4.887 estão ativos, com 127 pacientes em unidades de terapia intensiva. O número de mortes chegou a 5.879. Um dos pontos fortes do país sul-americano é seu alto nível de vacinação, já que 415.313 pessoas foram inoculadas com a primeira dose, enquanto 2.048.449 (57,82% da população) já completaram o cronograma contra a Covid-19.

*Com informações da EFE

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