Vacinas contra hepatite só devem voltar às clínicas em 2018

  • Por Jovem Pan
  • 10/10/2017 06h39 - Atualizado em 10/10/2017 11h27
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EFE EFE Até setembro foram confirmados 559 casos de hepatite A na capital, com dois óbitos

Apesar da explosão de 700% do número de casos de hepatite A em São Paulo, o abastecimento da vacina só deverá ser normalizado no ano que vem.

Há pelo menos três meses, as clínicas que oferecem imunização relatam problemas no abastecimento. E o problema, que começou na capital, já afeta todo o País, lamentou o presidente da Associação Brasileira de Clínica de Vacina.

Geraldo Barbosa não vê perspectiva de normalização tão cedo: “antes disso a gente não trabalha com essa expectativa, infelizmente”.

A hepatite tipo A ataca o fígado e provoca febre, mal-estar, vômito, pele amarela e, em casos raros pode levar à morte. Em quase metade dos casos o vírus é transmitido durante relações sexuais desprotegidas.

Barbosa garantiu que os problemas começam pelo efeito manada da população, que é reativa ao vírus ao invés de se prevenir antecipando o risco de contágio.

Outro agravante é o tempo de entrega dos laboratórios, esclareceu Geraldo Barbosa, que fez questão de ressaltar que o problema está longe de ser pontual: “os laboratórios dizem que vão resolver rapidamente, mas não forneceram a data para podermos informar a população com mais precisão. Estamos com praticamente 80% das vacinas em falta”.

O secretário municipal da saúde de SP, Wilson Pollara, garantiu que o surto é localizado e não há risco crescer: “nós tivemos um aumento principalmente na população LGBT. Estamos prestando atenção, mas não é um problema que a população tem que se preocupar como se fosse uma epidemia”.

O Sanofi Pasteur, que produz a vacina para hepatite A no Brasil, afirma que a imunização é feita fora do país e vai atender os novos pedidos o mais rápido possível.

O laboratório MSD disse que o estoque não deu conta do aumento na demanda. O laboratório GSK informou que está trabalhando para normalizar o abastecimento.

Na rede pública, o acesso à vacina é restrito às crianças de um a cinco anos

Até setembro foram confirmados 559 casos de hepatite A na capital, com dois óbitos; em 2016, 64 casos foram registrados.

*Informações da repórter Carolina Ercolin

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