“Vai ser muito difícil ganhar sem alianças espúrias”, admite senador Cristovam Buarque
A poucos meses da eleição, a expectativa no Congresso é de que nada substancial seja votado nas próximas semanas. Enquanto isso, continuam as negociações de alianças entre os pré-candidatos à Presidência da República.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o senador Cristovam Buarque (PPS) admitiu que partidos, o seu incluso, não possuem ideologias claras, o que leva nomes a negociarem alianças que dificultarão uma eventual governabilidade.
“Candidatos sem aliança não têm tempo de TV e terão dificuldade de se eleger. E os que fazem grandes alianças terão dificuldade de governar por conta do apoio de forças divergentes. Vai ser muito difícil ganhar sem alianças espúrias e vai ser difícil governar com alianças espúrias”, explicou.
Apesar de destacar que existem bons candidatos em todos os partidos, o senador lamentou a falta de unidade ideológica, mas ressaltou que o voto do eleitor deve fazer força.
Candidato à Presidência
Questionado se havia saído do PDT para ser candidato à Presidência da República pelo PPS, Cristovam Buarque negou. Admitiu que “passou pela sua cabeça” uma candidatura, mas que saiu do PDT “porque achava que Ciro não era boa alternativa para o Brasil”.
“Fui ao PPS sem nenhum compromisso deles me colocarem como candidato a presidente. PPS chegou à conclusão de não lançar mais um candidato para dividir ainda mais o espectro de centro e facilitando que extremos cheguem ao poder. Cheguei a defender que fosse [Raul] Jungmann um bom candidato. Jungmann (ministro da Segurança Pública) representaria melhor como candidato a presidente pelo PPS do que eu”, finalizou.
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