‘Vamos explicar o quanto for necessário’, diz Tarcísio sobre privatização da Sabesp
Promulgação acontece menos de 48 horas após aprovação na Alesp
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sancionou na sexta-feira, 8, o projeto de lei que autoriza a privatização da Sabesp, a companhia de saneamento básico de São Paulo. O PL foi aprovado pelos deputados estaduais na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na última quarta-feira, 6, em meio a uma sessão tumultuada entre manifestantes e policiais militares. Tarcísio afirmou que tem dialoga com os 375 municípios atendidos atualmente pela Sabesp: “A adesão dos municípios é voluntários, a gente está procurando mostrar para eles a vantajosidade, vamos explicar o quanto for necessário”. Caso ocorra os municípios do Estado optem por aderir à privatização, todos os contratos teriam o mesmo período de vigência de, pelo menos, até 2060.
O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse em entrevista coletiva que a administração “deve manter o contrato com a Sabesp” e descartou a criação de uma empresa municipal de saneamento. A gestão Tarcísio já havia adiantado que o modelo escolhido para a privatização seria o follow-on, ou seja, uma oferta pública de ações por uma empresa que já possui capital aberto. A participação do Estado na Sabesp ainda não foi definida, mas ficará em torno de 15% a 35%. Contudo, a administração do Estado terá poder de veto e participação nas principais decisões da companhia.
*Com informações da repórter Letícia Miyamoto
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