Venda da Eletropaulo deve proporcionar melhor serviço ao cliente, segundo especialistas
Especialistas avaliam que eventual venda da Eletropaulo deve proporcionar um melhor serviço ao cliente, mas com aumento de tarifas no futuro.
Os grupos estrangeiros Neoenergia, Enel, e Energisa apresentaram propostas para comprar a distribuidora de energia.
O panorama está indefinido e ganhou novos capítulos no fim de semana. A Comissão de Valores Mobiliários encaminhou ofício neste sábado (21) pedindo explicações à companhia.
A CVM quer saber por que a Eletropaulo mantém a promessa de fazer uma oferta pública de ações mesmo com as propostas já apresentadas. A distribuidora promete responder ao órgão regulador nesta segunda-feira (23).
O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ disse que o novo controlador da companhia deve prestar um serviço melhor do que o atual.
Para isso, Nivalde José de Castro avaliou que a Eletropaulo terá que fazer investimentos e a tarifa vai subir como consequência: “o resultado direto para o consumidor final será melhorar a qualidade, diminuir a duração quando falta energia, chove, cai árvore, diminuir variação de tensão que acaba queimando equipamentos. Como contrapartida a tarifa vai subir”.
O presidente da consultoria Thymos Energia considerou que a Eletropaulo precisa ser modernizada. João Carlos Mello avaliou que as empresas deverão fazer investimentos e que a tarifa deve subir, mas não muito: “pode vir a ter alguns aumentos ligeiros, mas nada significativo”.
A Eletropaulo foi privatizada em 1999. A distribuidora foi comprada por um consórcio formado por quatro empresas, entre elas a americana AES
Em 2001, a AES se tornou a única controladora da companhia.
No ano passado, a estrutura da Eletropaulo foi alterada e ela deixou de ter um acionista majoritário. O poder público, por meio do BNDES e da União, tem hoje a maior participação na distribuidora, com cerca de um quarto dos papéis.
A companhia atende a 18 milhões de pessoas em São Paulo e mais 23 cidades da região metropolitana.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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