Venda de carros novos cresce 7,3% em junho após incentivo do governo às montadoras

Veículos de entrada, com os preços mais baratos do Brasil, tiveram o melhor desempenho no período, com alta de 9,7% nas vendas

  • Por Jovem Pan
  • 05/07/2023 10h34 - Atualizado em 05/07/2023 10h50
Gabriel Jabur/ Agência Brasil Trânsito Foram emplacados 189 mil novos carros comerciais leves, caminhões e ônibus após o programa de incentivo do governo

A indústria automotiva recebeu com alívio o incentivo dado pelo governo federal para a aquisição de carros populares. A venda de automóveis aumentou 7,39% em junho, após a implementação do incentivo de compra. Foram emplacados 189 mil carros comerciais leves, caminhões e ônibus. Dentro desse total, os carros de entrada, com os preços mais baratos do Brasil, tiveram o melhor desempenho, com alta de 9,7% nas vendas. Em entrevista à Jovem Pan News, o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Andretta Júnior, considerou que a queda nos preços foi fundamental para o setor: “Eu reputo como extremamente produtivo, deu grande resultado e trouxe de volta para o mercado aquele cliente que não chegava no carro zero. Ele chegou, teve a oportunidade e está feliz com o carro zero. O meio ambiente ganhou com isso, porque polui menos e foi um sucesso”.

Ainda assim, as condições de financiamento, maior rigor dos bancos, preços altos dos veículos e juros elevados deixam grande parte dos brasileiros de fora do mercado automotivo, como avaliou a economista Tereza Fernandes. “O problema de fato, eu acho que hoje os juros têm importância, não estou dizendo que não têm. Mas é a combinação de juros ainda altos com dificuldade de renda da população brasileira, o que dificulta a aquisição de bens em geral e de automóveis em especial.” No primeiro semestre, as vendas alcançaram 998 mil unidades, uma expansão de 8,76% em relação ao mesmo período de 2022. Em junho passado, os emplacamentos cresceram 6,33% em comparação com junho anterior. As empresas aguardam um novo teto de incentivos por parte do governo federal para manter o mercado aquecido. As cenas de milhares de carros nos pátios das montadoras e as paralisações das fábricas colocam ainda mais pressão em Brasília para a continuidade do fomento ao setor.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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