Venezuela volta a enfrentar onda de protestos; Guaidó diz que entrada de ajuda será no dia 23
Nesta terça-feira (12), dia em que a Venezuela comemorou o Dia Nacional da Juventude, protestos voltaram a tomar as ruas do país sul-americano. Um dos pontos de concentração de manifestantes favoráveis e contrários ao regime chavista foi a ponte Tienditas, na fronteira com a Colômbia, por onde deve chegar a ajuda humanitária dos Estados Unidos.
Em Caracas, milhares de apoiadores do presidente interino Juan Guaidó lotaram as ruas pedindo que os militares permitam o ingresso de auxílio internacional. Falando aos manifestantes, Guaidó disse que a entrada de alimentos e remédios está prevista para o dia 23 de fevereiro.
Segundo ele, “a ajuda humanitária entrará na Venezuela quer queiram, quer não”. Ele não deu detalhes de como seria feito o ingresso dos produtos que estão na fronteira com a Colômbia.
O presidente interino, no entanto, disse que a operação começará a ser organizada neste fim de semana e pediu que 250 mil pessoas se voluntariem.
Já apoiadores de Nicolás Maduro fizeram uma espécie de mutirão para entregar alimentos no estado fronteiriço de Táchira. Eles defendem que não há crise humanitária na Venezuela, mas um bloqueio econômico dos Estados Unidos.
Falando na sede das Nações Unidas, em NY, o ministro chavista das relações exteriores, Jorge Arreaza, disse que Donald Trump lidera um golpe de estado no país sul-americano.
No dia 23 de janeiro, o líder oposicionista Juan Guaidó se declarou presidente interino da Venezuela. Desde então, mais de 40 países, incluindo os Estados Unidos e o Brasil, o reconhecem como a liderança legítima da Venezuela.
*Informações do repórter Afonso Marangoni
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.