Vice de Amoêdo usa EUA como exemplo e diz que, ‘a princípio, plano não é taxar grandes riquezas’

  • 17/09/2018 11h07
Derek Flores/Jovem Pan Ao ser questionado se o plano do NOVO é taxar as grandes riquezas, Lohbauer diz que, “a princípio”, o plano não é taxar mais nada e sim “destaxar”

O patrimônio declarado de João Amoêdo (NOVO) é sempre questionado por adversários, analistas e até mesmo eleitores. O Brasil é o país que mais concentra riquezas no mundo. Diferente de outros países, por aqui não há um mecanismo de taxação de herança e progressividade do imposto de renda, por exemplo.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o vice de Amoêdo à Presidência, Christian Lohbauer, defendeu a posição de seu cabeça de chapa e admitiu que isso poderia ser malvisto na eleição: “João ter chegado em posição de elite como essa, é caso que pode ser entendido como coisa ruim, mas foi entendida como coisa boa. Até da visão mais humilde, pelo menos o sujeito não vai vir pra cá para se locupletar. Se tem um país no mundo que pode ter vários João Amoêdo chama-se Brasil”.

Ao citar os Estados Unidos, Lohbauer é rebatido pela informação de que, de todos os países da OCDE, este é o que tem a maior taxa de pobreza e não está entre os 10 primeiros de IDH, mesmo tendo maior PIB do mundo. É inevitável, portanto, que a concentração de renda abrupta saia de algum lugar para alimentar os mais ricos.

Ao ser questionado se o plano do NOVO é taxar as grandes riquezas, Lohbauer diz que, “a princípio”, o plano não é taxar mais nada e sim “destaxar”. “No nosso programa não há a ideia, a princípio, de taxar dividendos, ou os mais ricos, porque quem paga mais impostos são os mais pobres. Não faz parte das nossas prioridades a taxação de herança. O que a gente tem é que destravar a vida do cidadão. Focar na vida dos mais ricos não está na nossa maneira de ver o mundo”, disse.

Segundo ele, o processo concentrador de riqueza é universal e deve ser estudado. Christian Lohbauer criticou ainda os governos petista, o qual chamou de “interventor”, por conta dos dados de desempregados apresentados. “Contesto os números apresentados nos últimos 15 anos. Se temos hoje 13 milhõrd de desempregados, São 40 milhões de pessoas que tinham saído da classe D e ido pra C. Se isso aconteceu, então agora desaconteceu. Hoje são 92 milhões na ativa e 23 milhões desocupados. Um em cada quatro brasileiros vive de bico. Que raio de processo de distribuição foi esse? É tudo conversa mole”.

No caso dos Estados Unidos, são país onde a classe média, com mas de 100 milhões de habitantes, vive melhor que boa parte da humanidade. Somos americanos, estamos na América, país jovem, grande, tendo a achar que deveria focar em instituições com modelos mais americanos, evidentemente, com adaptações brasileiras”, finalizou.

Confira a entrevista completa com o vice na chapa de João Amoêdo à Presidência, Christian Lohbauer:

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