Vice de Doria nega ter recebido propina da OAS
O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, diz que não conhece o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, e nega ter recebido de propina da empreiteira. De acordo com uma reportagem divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (16), Pinheiro disse ter liberado R$ 1 milhão em suborno para o político.
De acordo com o diário, esse dinheiro, destinado em 2007 ao democrata, que na época era deputado estadual, serviria para acelerar a liberação de obras do Metrô.
A publicação apurou o caso junto com o site The Intercept, a partir de supostas mensagens trocadas entre procuradores da Operação Lava Jato no aplicativo Telegram. Eles teriam compartilhado uma proposta de delação de Pinheiro, obtida pela reportagem a partir do vazamento.
Segundo a Folha, o empresário disse que o então secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), teria intermediado o pagamento. A delação de Pinheiro ,ex-presidente da OAS, que está preso em Curitiba, ainda não foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria Geral da República (PGR) para homologação.
Garcia se disse tranquilo e o maior interessado nas apurações. “Uma delação que não é delação, eu sou o maior interessado que isso seja esclarecido, um fato de 12 anos atrás, né, onde a matéria confunde se eu estive presente ou não, se eu pedi ou não. Se vocês avaliarem, o que está relatado é que pediram por mim, segundo relatos desse ex-presidente da OAS que eu nem conheço, teria me encaminhado o recurso. Então estou muito tranquilo e sou o maior interessado para que isso seja esclarecido o mais rápido possível”, afirmou.
Ao jornal, Aloysio Nunes disse que a delação de Léo Pinheiro foi extorquida de um homem que diz qualquer coisa para se livrar da prisão.
*Com informações do repórter Tiago Muniz
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