Vice-líder do Governo defende volta do financiamento empresarial de campanhas
Parlamentares caminham para chegar a um acordo sobre como as campanhas eleitorais do ano que vem vão ser financiadas. A tendência é que o Congresso aprove um Fundo Eleitoral com dinheiro público de cerca de R$ 3,5 bilhões para custear os candidatos.
No entanto, a volta do financiamento empresarial ainda não foi totalmente descartada. Uma proposta que recria as regras para doações de empresas tramita no Senado. Ela já foi aprovada na Câmara, em 2015. O vice-líder do Governo, deputado Beto Mansur (PRB) apoia a matéria: “se tiver regra específica para ser aprovada e respeito à questão do dinheiro público e privado”. O financiamento empresarial foi proibido pelo Supremo Tribunal Federal em 2015.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse ser a favor de se retomar o modelo, mas futuramente. Para ele, no momento a decisão do STF deve prevalecer: “a gente sabe que neste momento, a relação da política com o poder privado passou muito do limite”.
Ainda não foi definido de onde vai sair o dinheiro para alimentar o fundo público para as próximas eleições, se for aprovado.
O líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT) reconheceu que tirar dos cofres públicos não seria bem visto pela população. Mas, segundo ele, é a melhor forma de fiscalizar as campanhas: “queremos discutir isso pedagogicamente com a sociedade. Preferimos o financiamento com regras, com transparência, do que esse modelo falido, que encobre caixa dois, corrupção, encobre tudo”.
Nas próximas semanas, deve haver um esforço conjunto dos partidos para aprovar as novas regras eleitorais. A intenção é encerrar o assunto na Câmara no fim deste mês.
*Informações do repórter Levy Guimarães
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