Vice-líder do Governo na Câmara critica denuncismo: “parece que agora todo político é bandido”
Após a Polícia Federal apontar indícios de que o presidente Michel Temer integrava, junto aos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, o ex-ministro Geddel Vieira Lima e os ex-presidentes da Câmara Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha, o “quadrilhão” do PMDB, o Congresso começa a se movimentar na defesa do mandatário da República.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o deputado Beto Mansur (PRB), que puxa a linha de frente da defesa do presidente na Câmara, além de ser o vice-líder do Governo na Casa, afirmou que existe um “denuncismo” elevado e que é preciso comprovar os indícios.
“Não acho que esteja difícil [defender o Governo]. Você tem denuncismo muito grande hoje no Brasil. Tudo precisa ser apurado, mas parece que agora todo político é bandido. Precisamos ter calma. Você tem determinadas denúncias e precisa comprovar. Você tem muito denuncismo e essas coisas precisam ser apuradas. Jogar o nome das pessoas na lama e depois voltar atrás e complicado”, disse.
Questionado se a Câmara não deveria, portanto, ter deixado a primeira denúncia contra Temer seguir para apreciação do Supremo Tribunal Federal, Beto Mansur disse que isso resultaria na possibilidade de Temer deixar o cargo por tornar-se réu.
Beto Mansur defendeu ainda o que foi dito por aliados de Temer durante a votação da denúncia no plenário da Câmara: Temer será investigado e deverá responder após o fim de seu mandato, no dia 1º de janeiro de 2019. “Essa ação não foi colocada para debaixo do tapete, ele vai responder na Justiça comum, essa foi a opção que eu e tantos outros deputados tomaram”.
Sobre uma segunda denúncia, que pode ser entregue por Rodrigo Janot ainda nesta semana, Mansur minimizou e disse que virá enfraquecida: “denúncia virá, com certeza, muito fraca. Ela virá fraca, vai tramitar na Câmara, mas acredito que rapidamente a gente tire ela da frente, dependendo do que vier na denúncia”.
Confira a entrevista completa:
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